Translate

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Sambaquis na Praia de Itaipú - Niterói-RJ

Aqui vemos ao fundo o Morro das Andorinhas no Ponta de Itaipú, Niterói RJ. No primeiro plano o canal da Lagoa de Itaipú que dependendo da maré tem um cara que atravessa as pessoas pelo canal, o apelidamos de Biro-biro por causa do seu cabelo. Ele cobra R$ 1,00 por cabeça para ir até a Praia de Camboinhas.

Aqui vemos umas ocas da tribo guaraní que assentou-se na área





As vezes caminhamos nas nossas praias brasileiras e não nos damos conta de que estamos caminhando sobre sambaquis que são amontoados de ossos, conchas e demais vestígios de consumo humano . Aqui , nesta foto abaixo, tirada na praia de Itaipú na
cidade de Niterói no estado do Rio de Janeiro verificamos a presença de vários tipos de ossos de diversos animais que foram consumidos provavelmente por habitantes do local a pelos menos alguns séculos atrás, as vezes mais de 2 ou 3 mil anos ap. (antes do presente).Esse amontoado de ossos as vezes é revelado pelo vento que move a areia e as dunas ao fundo vemos uma plataforma de petróleo de exploração e vemos as ilhas da Menina, da Mãe e do Pai da esquerda para direita.

Recentemente noticiada no dia 19/07/2008 pelos telejornais nacionais a tribo guarani Tekoá Itarypu foi atacada e teve parte de sua aldeia queimada num ato terrorista criminoso que procurava assustar os índios que ocupam uma área nobre da praia de Camboinhas muito valorizada pela beleza e pelo mercado imobiliário local. veja a reportagem no link depois da foto


http://oglobo.globo.com/rio/bairros/gilson/post.asp?t=indios-declaram-guerra-em-camboinhas&cod_Post=115033&a=380


Mas pensando bem os índios podem ficar em qualquer lugar pois eles já estavam a muito mais tempo que nós aqui nesta terrinha, além do mais o lugar tem espaço para todos. Esse sambaqui também é um dos points de "pegação" gay do local, principalmente no fim de tarde, mas felizmente é mais para dentro da dunas por essa razão ainda há muito material preservado aflorando que deverá contar com o apoio das instituições responsáveis para sinalizar e preservar o local para estudos antropológicos e arqueológicos.


Neste dia o céu estava nublado e sem grande visibilidade de média distância mas é possível avistar-se o morro do Pão de Açúcar na cidade do Rio de Janeiro bem ao fundo.


eu não quis reproduzir fotos da beira da praia de Itaipú que estava muito cheia de lixo não só pela falta de lixeira mas pela falta de sensibilidade das pessoas que não levam seus resíduos embora. Alguns devem pensar que como o mar é muito grande não vai fazer a diferença... saibam vocês que o mar sempre devolve tudo que entra nele...algum dia...de alguma forma com certeza, seja em forma de reprocessamento biológico quando isso é possível, ou em forma de manifestações de desiquilibrios naturais. Um certo camarada do local falou "o mar é o esgoto do mundo por isso não como peixe". O que você acha?