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terça-feira, 15 de julho de 2008

GOLPE DA MARIORIDADE 23 de julho de 1840


Foi a forma como D. Pedro II chegou ao poder com apenas 14 anos e 7 meses de idade, 3 anos e 5 meses a menos que estipulava a constituição de 1824 para a investidura.

O decreto resultou de uma manobra política do Partido Liberal que depois da queda do regente Feijó em 1837, procuravam um meio de retornar ao poder, então nas mãos do conservador Pedro Araújo Lima, o Marquês de Olinda que foi o último regente no período também chamado de “regresso conservador”, marcado por debates em torno da Lei de Interpretação do Ato Adicional que procuravam limitar os avanços da descentralização do poder que teriam, na ótica dos conservadores, sido responsável pelas revoltas e rebeliões regenciais.

Partido Liberal x Partido Conservador

Em 1840 havia uma divisão intra-elite entre o Partido Liberal que aglutinava em torno da manutenção dos avanços do Ato Adicional de 1834, o Partido Conservador acabou vencendo os liberais em função do perigo de fragmentação do território brasileiro e da ascenção da economia cafeeira do Vale do Rio Paraíba do Sul , na Província do Rio de Janeiro.

INSTITUTO ESTADUAL RIO BRANCO

História Prof. Otávio

O RIO GRANDE DO SUL ANTES DOS AÇORIANOS

Em 1572, quinze anos depois da fundação da Vila de Rio Grande, pólo da efetiva ocupação do território rio-grandense pelos portugueses, desembarcaram aqui os primeiros colonos vindos do Arquipélago dos Açores; muitas outras levas se seguiram, calculando-se em 4 mil o número de casais que para cá vieram. Esse foi o coroamento de uma clarividente e pertinaz política da Coroa Portuguesa, no sentido de estender o seu domínio até o estuário majestoso do Rio da Prata, balizando de maneira inconfundível os limites com a Coroa Espanhola, com a qual partilhava o imenso condomínio sul-americano.
Esta política se esboçou imediatamente depois da “descoberta” do Brasil. Expedições pouco conhecidas desceram ao longo do Atlântico Sul a fim de explorar o litoral e escolher os melhores pontos para serem posteriormente ocupados; a última delas, comandada por Martim Afonso de Sousa, partiu de Lisboa em outubro de 1530, explorou a boca do Rio da Prata e dali regressou ao litoral paulista, pelo qual passara na ida, para oficialmente fundar a Vila de São Vicente, em 1532, e que foi a primeira de todo o Brasil.
Entremente, os castelhanos estiveram ativos e em 1536 fizeram a primeira tentativa de fundar Buenos Aires, que em seguida tiveram de abandonar devido a grande hostilidade dos indígenas que ali viviam e subiram o rio Paraguai, onde em 1541 fundaram Assunção. A essa altura, através da América Central, haviam descoberto o Peru, cujas fabulosas riquezas por algum tempo atraíram todas as suas atenções, ficando o Rio da Prata relegado a um segundo plano.
Não obstante, fizeram sucessivas tentativas de ocupar alguns pontos de nosso litoral – Cananéia, Itanhanhém e Iguape na costa paulista, São Francisco, Ilha de Santa Catarina e Laguna, na costa catarinense – as quais, porém, não lograram êxito. No território rio-grandense, que de perto nos interessa, nenhuma foi feita, permanecendo ele praticamente intocado durante um século.
Em 1580, morrendo o rei de Portugal sem sucessor, porque era um cardeal, a Coroa foi parar na cabeça de seu sobrinho, o rei Filipe II da Espanha, permanecendo assim as duas grandes potências navais e colonizadoras da época unidas até 1640, quando o Duque de Bragança começou a luta pela restauração da autonomia portuguesa, formalmente reconhecida em 1668 e dando início à dinastia da Casa de Bragança.
Foi durante esta união, o chamado PERÍODO FILIPINO (1580 a 1640), que teve grande incremento a expansão dos portugueses, com São Paulo como foco irradiador, por intermédio dos BANDEIRANTES, e o mapa do Brasil começou a ser definitivamente esboçado.
No ano seguinte ao “descobrimento” da América por Colombo, ou seja em 1493, Portugal e Espanha haviam assinado, na pequenina localidade leonesa (Reino de Leão) de Tordesilhas, o famoso tratado que tornaria conhecido por TRATADO DE TORDESILHAS. Este tratado dividia o globo terrestre em duas metades, por uma linha imaginária que atravessava os pólos norte e sul, a 360 léguas a oeste do Arquipélago do Cabo Verde, situado na costa ocidental da África. As terras que na América ficassem a leste dessa linha – passaria pela foz do Rio Amazonas, cortaria o Brasil central e tangenciaria o litoral de Cananéia até Laguna, - pertenceria a Portugal.
Devido aos processos imprecisos de medição da época, à extensão que seria adotada para a légua(1 légua= 6,6 km), ao duvidoso ponto de partida das 360 léguas, a localização do chamado meridiano de Tordesilhas deu motivo para muita discussão; mas quando em 1580 as duas coroas se uniram , a despeito de não propriamente esquecido, deixou na prática de ser respeitado, permitindo que os Bandeirantes alargassem extraordinariamente o território do Brasil.
Desde algum tempo antes dessa união política, gente de São Vicente começou a freqüentar o litoral sul e depois a então chamada Luguna dos Patos - onde se situa a cidade de Laguna hoje chamada de Lagoa Santo Antônio – com a finalidade de procurar minas de metais preciosos e, preferencialmente, cativar índios da nação CARIJÓ, reputados muito mais dóceis do que os do interior do continente.
Na virada século, em torno do ano de 1600, essas expedições, sempre marítimas, eram freqüentes. À medida que escasseavam os índios na costa, os escravagistas vicentinos começaram a incursionar por terra, a partir de Laguna, no território rio-grandense, onde, em troca de quinquilharias, conseguiam a cumplicidade de alguns caciques para este comércio hoje tão abominado.
Entram então em cena os jesuítas portugueses, estabelecidos em São Paulo e no Rio de Janeiro, e que se opuseram sempre à escravização dos ameríndios, embora, paradoxalmente, tolerassem e até se aproveitassem dos negros africanos. A partir de 1604, começaram os jesuítas a freqüentar a Laguna dos Patos, onde chegaram a estabelecer uma residência, com o objetivo de se contrapor à ação dos paulistas.
Datam dessa época as primeiras notícias da presença de europeus em terras rio-grandenses, onde os jesuítas teriam chegado até a margem oriental do Rio Guaíba. (hoje Lago Guaíba).
Simultaneamente, os jesuítas espanhóis, com base em Assunção, do Paraguai, começaram a penetrar no território paranaense num movimento claramente dirigido para o litoral, que, se consumado, traria dois resultados: coibiria a ação dos escravagistas paulistas e garantiria a comunicação quase em linha reta de Assunção com o Atlântico e com a metrópole, dispensando a grande volta pelo Rio da Prata.
Pelo ano de 1619, ainda com fulcro em Assunção, mais um movimento dos jesuítas em direção ao mar foi iniciado, agora através do Rio Ibicuí, no Rio Grande do Sul. Interrompido durante algum tempo devido à grande resistência dos silvículas, recomeçou pelo ano de 1625, pela formação de aldeamentos na margem oriental do Rio Uruguai.
Foi então que esse grandioso projeto político – que teria garantido à Espanha a posse de toda a atual Região Sul do Brasil como, aliás, lhe tocava em razão do Tratado de Tordesilhas – sofreu uma seqüência de rudes golpes que o fez fracassar: os paulistas, primeiro no Paraná, depois no Rio Grande do Sul, precipitaram-se sobre as nascentes reduções, de sorte que os infelizes índios que não foram capturados e levados para São Paulo, foram conduzidos para o lado ocidental do rio Uruguai pelos padres.
Tudo isto se passou durante o período filipino, fazendo com que, ao recuperar Portugal sua autonomia, a partir de 1641, a presença espanhola deixasse de existir desde o Paraná até ao Rio Grande do Sul. Também os jesuítas do Rio de Janeiro e de São Paulo deixaram de freqüentar Laguna, depois de terem estado prestes a dar as mãos a seus confrades de Assunção, que com o famoso Padre Cristóbal de Mendonza à frente teriam chegado à margem ocidental do Guaíba.
Passados cinco anos, ou seja, em 1646, o general Salvador Correia de Sá e Benevides, que havia sido governador do Rio de Janeiro, pediu ao rei de Portugal uma capitania de 100 léguas (660 quilômetros) de costa, sendo metade para o norte da Ilha de Santa Catarina e a outra metade para o sul, por onde alcançaria aproximadamente o rio Aranranguá. Mandado para a África, para retornar Angola aos holandeses, o que de fato conseguiu, o pedido de Correia de Sá foi sobrestado até ser renovado em 1658, mas, por uma série de circunstâncias, somente no ano de 1675 – quase 30 anos depois de formulado – foi atendido, em favor de um filho e de um neto do velho general. Sem entrar em pormenores, que alongariam esta exposição, assinalaremos que a posse nunca chegou a ser concretizada, de sorte que de Laguna para o sul, nenhuma só fração de terreno foi do domínio de algum donatário.
A essa altura – terceiro quartel do século XVII – germinara em Portugal a idéia de ocupar, num lance político e militar espetacular, um ponto qualquer do litoral sul suficientemente próximo de Buenos Aires para permitir a introdução ali, de escravaria africana e produtos manufaturados, avidamente desejados por colonos platinos, que se propunham a pagar com prata, de que Portugal, ainda que, de uma e de outra parte, pela via clandestina do contrabando.
Concretizou-se esse projeto com a fundação, defronte de Buenos Aires, em janeiro de 1680, da Colônia do Santíssimo Sacramento, que daria origem à atual cidade de Colônia, donde partem os
ferry-boats” para a bela capital platina. Arrasada em agosto, foi reocupada em 1682 devido à eficácia da diplomacia portuguesa. A resposta foi o retorno dos jesuítas à margem oriental do rio Uruguai, onde formariam a partir desse ano os Sete Povos; de uma quantidade relativamente pequena de gado deixado aquém do Uruguai quando da invasão dos bandeirantes 40 anos antes, procedia um número enorme de bovinos que se espalhava até as praias uruguaias para formar a chamada "Vacaria del mar".
Na Laguna dos Patos, perfeitamente conhecida desde o século anterior, se desenvolveu, talvez pelos meados dos seiscentos, uma atividade econômica compensadora, que viria a substituir a escravização de índios, quando os remanescentes destes se internaram no mais recôndito do “hinterland”. Está historicamente comprovado que já em 1675, pelo menos, a “pescaria” da Laguna fornecia produto salgado para as vilas do litoral e até para a Bahia, onde estava sediado o governo geral. Em 1688, o capitão Domingos de Brito Peixoto, morador de Santos, para ali se mudou com dois filhos e alguns parentes e amigos, dando grande incremento a essa atividade e ali introduzindo variada casta de animais domésticos, inclusive gado bovino e cavalar.
Enquanto esse notável empresário viveu, Laguna progrediu, transformando-se numa próspera povoação, cujas embarcações abarrotadas de produtos eram recebidas jubilosamente onde chegavam.
Não se sabe exatamente em que ano Brito Peixoto morreu, mas foi pouco depois de perder o filho mais novo, Sebastião de Brito Guerra e, pouco antes de a Colônia do Sacramento sofrer novo assédio, levando os portugueses a abandonarem-na no começo de 1705.

De sua reocupação em 1682 até 1705, haviam decorrido dois decênios durante os quais uma estreita faixa do território rio-grandense ficou melhor conhecida, por desertores que numa viagem de dois meses, ao longo de nossas praias, alcançavam Laguna. Com a morte do fundador e de um filho, o outro, mais velho, chamado Francisco, decidiu voltar definitivamente para Santos, onde viviam sua mãe e uma irmã casada. Era solteiro e teve vários filhos naturais com índias carijós. Uma de suas filhas casou-se com o português José Pinto Bandeira, avô do Brigadeiro Rafael Pinto Bandeira, nascido no Rio Grande do Sul e primeiro rio-grandense a alcançar esse elevado posto.
Quando se iniciaram as negociações diplomáticas de que resultaram o Tratado de Utrecht de 1715, que pela segunda vez devolveu a Colônia do Sacramento a Portugal, Laguna foi elevada a vila, e Francisco de Brito Peixoto nomeado seu capitão-mor, sendo instado a voltar para ela, o que realmente fez. Do governador do Rio de Janeiro, Francisco de Távora, a que estava subordinado, ele recebeu ordem de mandar examinar o local onde existiria a Colônia, que em outubro de 1716 foi reocupada por numerosa guarnição a que se juntaram, em fevereiro de 1718, 40 casais escolhidos da província de Trás-os-Montes. Mandou uma expedição de Laguna para esse fim, a qual, na volta, trouxe uma tropa de gado vacum que terá sido a primeira a atravessar a entrada da Lagoa dos Patos em balsas, para ser levada até Laguna.
O Rio Grande do Sul até então praticamente nenhum interesse despertara no governo português ou de homens de negócio, por não haver revelado riquezas minerais ou de outra natureza; agora abria-se uma perspectiva econômica que moldaria sua vocação: a criação de gado, a venda de seus produtos e, principalmente, a de cavalos e muares para São Paulo, donde seriam mandados para as Minas Gerais.
Esse rendoso comércio rapidamente se desenvolveu, contando com a conivência de contrabandistas castelhanos que viviam e agiam nos campos uruguaios e algumas tribos, cuja ajuda os portugueses conseguiam em troca de coisas de que gostavam, inclusive fumo e aguardente. Entusiasmados com as perspectivas desse negócio, os governadores de São Paulo incentivaram-no calorosamente. Quando surgiu a idéia de se abrir um caminho que permitisse a ida de animais por terra desde as planícies uruguaias até São Paulo, apoiaram-se sem vacilação.

Em fevereiro de 1728, no Morro dos Conventos, à margem esquerda do Rio Araranguá, o sargento-mor (major) Francisco de Sousa e Faria, por conta e ordem do governo de São Paulo, à frente de uma centena de homens abriu o primeiro pique na espessa mata litorânea. Galgou a serra para desvendar os belíssimos campos de Cima da Serra, onde encontrou gado. Depois de atravessar as nascentes do Rio Uruguai, prosseguiu, pelo ermo planalto catarinense para chegar a Curitiba, em setembro de 1730, ao cabo de dois anos e meio de canseiras e privações. Abriam-se assim para o Rio Grande do Sul as portas de um radioso futuro: no verão de 1733, após seis meses empregados em melhorar o acesso ao alto da serra, ali desembocou a primeira tropa, que chegaria a Curitiba ao cabo de 13 meses. À sua frente estava o coronel Cristóvão Pereira de Abreu, ambicioso filho do Minho, que aproximadamente desde 1719, na Colônia do Sacramento, negociava com couros extraídos das coxilhas uruguaias. Cerca de três mil cabeças, pertencentes a ele e outros tropeiros, constituíam essa histórica tropa.

Texto retirado da obra: Presença Açoriana – Organizada pela historiadora Vera Lúcia Maciel Barroso - Artigo escrito por Moacyr Domingues – historiador, ex-diretor do Arquivo Histórico do RS.

Responda as questões abaixo sobre o texto:

1 – Por que o território rio-grandense ficou intacto, sem exploração por mais de um século tanto de portugueses como espanhóis?

2 - Qual a influência do Período Filipino na expansão territorial portuguesa na região platina (incluindo o Rio Grande do Sul)?

3 – Qual a origem da “Vacaria del Mar”?

4 – Qual o objetivo da Fundação da Colônia do Santíssimo Sacramento em 1680 por parte dos portugueses?

5 – Como iniciou-se a pecuária no Rio Grande do Sul?

6 - Como foi a construção da primeira estrada, sua localização, quem construiu e com qual objetivo?

# Responder em uma folha e entregar.

INSTIUTO ESTADUAL RIO BRANCO

História III Prof. Otávio

Brasil do 2º Reinado – D. Pedro 11 ( DE 23 DE JULHO DE 1840 A 14 DE NOVEMBRO DE 1889)

Apresentamos a seguir, de forma reduzida alguns dados e fatos deste período que também ficou conhecido como o auge da monarquia.

A antecipação da maioridade do rei D. Pedro II – os movimentos sociais assustaram as elites em especial a Cabanagem e Balaiada, fazendo com que os liberais antecipem a maioridade do rei, o Golpe da Maioridade(23/07/1840), pois também almejavam aumentar sua influência no poder. O primeiro gabinete era liberal comandado pelos irmãos Andradas ( o Gabinete dos Irmãos).

  1. O poder de estado permanecerá centralizado pois é mantido o poder moderador;

  2. Dissolução da Câmara Federal em 1842 com a Revolução Liberal em Minas Gerais e São Paulo e Rio de Janeiro;

  3. Tarifa Alves Branco (1844)– medida protecionista da economia brasileira com objetivo de estimular a industrialização;

  4. O café começa a render bons dividendos no mercado externo, tornando-se o principal produto de exportação do Brasil até 1929;

  5. A lei inglesa Bill Aberdeen de (1845) – impedia o tráfico de escravos no Atlântico, isto colocava em cheque o sistema escravista. Todavia, com a conivência do poder, o tráfico de escravos e o próprio sistema permanecerá até 1888, sendo o Brasil o último país abolir tal sistema;

  6. Emenda Parlamentarista – Cria-se o cargo de Presidente do Concelho de Ministro = primeiro ministro;

  7. - Revolução Praieira em 1848 – última revolução de grande porte do Segundo Reinado, ocorrida no Recife, Pernambuco, onde os liberais radicais buscavam atender suas reivindicações como a descentralização do poder, eleições em todos os níveis, aplicação dos recursos dos impostos no próprio local de arrecadação entre outros aspectos;

  8. O Café possibilita dar fôlego econômico as elites e ao II Reinado – o início da cultura se dá ao longo do Vale do Rio Paraiba no Rio de Janeiro com o predomínio de mão-de-obra escrava apesar da proibição do tráfico em 1850;

  9. Lei de Terra de 1850 – procurava impedir ou dificultar a posse da terra a quem não fosse da classe dos proprietários rurais, procurava com isso, evitar a perda do “status quo” dos coronéis;

  10. Gabinetes de Conciliação – 1853 a 1868 – neste período, alternam-se gabinetes liberais e conservadores, numa clara conciliação de interesses da classe dominante;

  11. Guerra do Paraguai – 1865 a 1870 – começa a desenvolver-se uma nova classe política, a dos militares do exército, sua influência irá desembocar no Golpe Republicano de 1889 com o Marechal Deodoro da Fonseca tirando do poder D. Pedro II;

  12. Urbanização e Industrialização – acelera-se, na segunda metade do século XIX a concentração urbana e a construção de industrias de pequeno porte com capital internacional e posteriormente como reinvestimentos dos dividendos do café;

  13. Imigração Européia – a partir de 1864, começam a vir para o Brasil um contigente de imigrantes que serão assentados nas terras do oeste paulista e região sul com o objetivo de suprir a falta de mão-de-obra e desenvolver/colonizando regiões até antes sem importância econômica;

  14. Campanha Abolicionista – com a urbanização surgirá os primeiros Comícios em Praça Pública contestando a ordem colonial e a abolição foi motivada pelos autos custos de manutenção dos escravos, pela opinião pública e luta das camadas populares e intelectuais que atuavam nos Clubes Abolicionistas.

INSTITUTO ESTADUAL RIO BRANCO - REBELIÕES REGENCIAIS – ESQUEMA RESUMO PROF. Otávio da Silva Oliveira

MOVIMENTO

DATAS

LOCALIZAÇÃO

CAUSAS

OBJETIVOS

PERSONAGENS

CONSEQUÊNCIAS

1-SEIS REBELIÕES

1831 a 1832

12 e 13 de junho

Corte Rio de Janeiro no Campo de Santana

Conflito entre portugueses e brasileiros;

-sublevação do 26°Batalhão de Infantaria;

anti-lusitanismo;

-união da tropa e do povo

-nova constituição;

- reformas profundas do Brasil e da economia;

- suspensão da imigração de portugueses;

-exoneração do ministro da justiça Feijó;

-Tropa e Povo

- 26°Batalhão de Infantaria;

- Corpo de Polícia;

- desconfiança da elite nacional no exército brasileiro;

- criação da Guarda Nacional em 18 de agosto de 1831;

- afastamento dos exaltados e dos irmãos Andradas do grupo dos moderados;

- redução dos efetivos do exército de 30 mil para 10 mil homens

2- SETEMBRADA

OU STEMBRIZADA

Setembro de 1831

Pernambuco-Recife

Maranhão- São Luís

- antilusitanismo;

- crise econômica;

-não tinha definições estratégicas e políticas;

- expulsão dos portugueses que ocupavam postos e cargos na administração;

-Tropa e povo

- movimento foi sufocado com a prisão dos envolvidos;

-anistia aos revoltosos posteriormente;

3- NOVEMBRADA

15 e 19 de Novembro de 1831

Pernambuco - Recife

-conflito entre os “colunas”=absolutistas defendiam a volta de D. Pedro I e os exaltados liberais/republica- nos da Sociedade Federal;

- tomada do Forte de 5 Pontas em Itamaracá;

-federalismo;

- antilusitanismo

-Tropa;

- Sociedade Federal

- capitulação dos rebeldes;

4-ABRILADA

14/04 a 29/04 de 1832

Recife - Pernambuco

-defesa da volta e do absolutismo de D.Pedro I;

- volta de D. Pedro I

-tropa de milícias chefiados pela Coluna do Trono e do Altar;

- presidente da Província Manuel de Carvalho Pais de Andrade;

- após 3 dias de luta o presidente da província, apoiado pelos estudantes de direito de Olinda, derrotaram os rebeldes que fugiram para o interior integrando-se na Cabanada.

5-PINTO MANDEIRA

1831 a 1832

Ceará – Cariri e Vila Jardim;

1- tendências restauradoras;

2 – Conflitos em Crato e Jardim entre os coronéis e famílias





INSTITUTO ESTADUAL RIO BRANCO História – 2º ano


HISTÓRIA VESTIBULAR E ENEM – Prof. Otávio


REFORMA

1 – Antecedentes da Reforma

A reforma protestante foi um movimento religioso e político de contestação à Igreja Católica Apostólica Romana; resultou na proliferação de novas igrejas/seitas e na destruição da unidade cristã na Europa Ocidental.

Durante a Idade Média, vários Papas tentaram fazer uma “reforma” moral e ética na Igreja, restaurando sua dignidade e eliminando os abusos do clero. procuravam eliminar o “mundanismo”, ou seja, o hábito do clero pelos prazeres materiais; nessa época era comum o enriquecimento, a acumulação de bens materiais e poder.

A princípio, os movimentos de contestação foram vistos pelos conservadores como movimentos heréticos do tipo bogomilos na Bulgária e cátaros, ou “seita dos abafadores” na Europa; ambos tiveram seus líderes condenados, excomungados e mortos na fogueira, em praça pública.

Antes da Reforma de Lutero, houveram tentativas como os casos do inglês John Wycliffe e do tcheco John Huss, ocorridas no final do século XIV e início do século XV.

John Wycliffe (1330 a 1384), teólogo inglês, negou a jurisdição do Papa de Roma sobre o reino da Inglaterra, associando-se à política anti-papal do Duque de Lancaster, que o nomeou reitor da Universidade de Lutterworth e seu representante na cúria de Brugge (ou Bruges – cidade do noroeste da Bélgica – capital da província de Flandres).

Em 1376, no discurso “Sobre o Domínio Civil” condenou a intervenção eclesiástica na política. manifestou-se contra a existência da Igreja como instituição organizada e valorizava o sentimento individual da fé. Traduziu o texto latino da Bíblia – a “Vulgata” para o inglês, sendo por isso considerado o fundador da prosa inglesa. Depois de enfrentar com sucesso a hierarquia católica, viu-se abandonado pelo rei, quando este precisou da Igreja para sufocar a Rebelião Camponesa de 1381. Foi então obrigado a uma retratação, mas sua doutrina iria influenciar os Lolardos e John Huss.

Lolardo é o nome dado às confrarias que, desde o século XIV, cuidavam de vítimas de epidemias; eram os seguidores de John Huss (1369 a 14150. Considerado herói da Boêmia (atual república Tcheca), foi sacerdote e reitor da Universidade de Praga, influenciou-se pelas idéias de John Wycliffe e passou a atacar a hierarquia católica e seus abusos. Apoiou a posse do papa Alexandre V no Concílio de Pisa que depusera o papa Gregório II e o antipapa Benedito XIII. o arcebispo de Praga permaneceu fiel a Gregório II e passou a condenar as pregassões de Huss. Excomungado em 1411, foi defender suas idéias no Concílio de Constança em 1414 munido de um salvo-conduto dado pelo Imperador Sigismundo (14/02/1368 a 9/12/1437) mas acabou sendo preso, condenado e queimado vivo como herege pela inquisição. Sua morte desencadeou uma revolta armada nacionalista e religiosa na Boêmia. No conflito, seus seguidores, os hussitas, contestaram a autoridade do Papa Gregório XII e do Imperador Católico. Fundaram a Igreja da Morávia em 1457.

2 – Causas Importantes da Reforma

  1. Os burgueses e os reis queriam livrar-se do poder político da Igreja sobre o poder que exerciam nos seus Estados Nacionais; procuravam conter a saída de recursos em forma de impostos/tributos cobrados pelo Papado. Além disso, procuravam nacionalizar as terras pertencentes a Igreja. Haviam outros problemas de ordem social enfrentados pelos membros do clero que possuíam feudos, onde as rebeliões de camponeses que reclamavam das condições de exploração do trabalho servil eram constantes.

  2. Outra prática condenável pelos fiéis era a venda de indulgências com a exploração dos sentimentos religiosos do povo e da burguesia. Segundo a teologia agostiniana, dominante até os fins do século XIII, “Deus, onipotente escolhia, de acordo com seus desígnios, aqueles que iriam para o paraíso e os que trilhariam o caminho da perdição, destinados ao inferno.” Santo Agostinho (13/11/354 a 28/08/430), considerava a como único sinal externo de que alguém pertenceria ao grupo dos escolhidos à salvação eterna, formando com a idéia de predestinação o binômio central da teologia desta época. Assim, muitos membros do clero auferiam grande riqueza com a venda de “passagens” para o “céu”. Aqueles que pagavam indulgências poderia reduzir seu pecados garantindo lugar no paraíso sem estadia no purgatório. A nova concepção tomista, de São Tomaz de Aquino (1225 a 1274) baseava-se no conceito de livre-arbítrio, onde considerava o ser humano com a possibilidade de colaborar com Deus no empenho total de conseguir a salvação, cabendo-lhe escolher o caminho do bem ou do mal.

  3. Nesta fase escolástica tomista, classe sacerdotal adquiriu importância de poder pois agora sua orientação era fundamental na definição do que era bem ou mal, do que era certo ou errado em todas as atividades humanas, inclusive no controle dos comportamentos e costumes da população, evitando assim, a contaminação com os pecados mundanos.

  4. Além das divergências teológicas, dificuldades econômicas e estruturais da Igreja, o comportamento ético e moral dos Papas preocupavam os fiéis. Sisto IV ou Francisco della Rovera (1414 a 1484), foi Papa de 1471 até a sua morte, começou a construção da Capela Sistina em 1473, que é usada até hoje para as reuniões do Colégio dos Cardeais destinados a eleger os novos papas e as Cerimônias da Semana Santa. Ficou também famosa por conter afrescos do grande pintor multi artista Michelangelo (1475 a 1564), mas também entrou para história como obra que beneficiou economicamente familiares do Papa, assim seu pontificado ficou maculado com acusação de nepotismo e simonia.

  5. Outro pontífice polêmico foi o Papa Alexandre VI, ou Rodrigo de Bórgia (1431 a 1503), que mesmo não tendo uma carreira religiosa considerável, conseguiu ser Papa em 1492 depois de ter, segundo seus opositores, mandado matar um de seus concorrentes e subornar alguns cardeais. Considerado o “mais terrível dos Papas”, foi também reconhecido como um grande mecenas do Renascimento, dando apoio financeiro a muitos artistas. Procurou aumentar o poder temporal do papado criando vastos territórios hereditários para os membros do alto clero bem como para seus próprios familiares, seus filhos mais conhecidos como César e Lucrécia Bórgia. Era famoso por realizar festas e banquetes regados a bom vinho e muitas mulheres. Todos na Itália conheciam suas amantes e filhos. Quando morreu assassinado em 1503, o célebre Maquiavel (1469 a 1527) disse: “...sua alma vai até Deus escoltada pela crueldade, pela corrupção e pela luxúria”.

3 – NOVA ÉTICA RELIGIOSA E TEOLÓGICAS

Durante o período medieval, a Igreja Católica, através da teologia escolástica de Santo Tomás de Aquino (1225 a 1274), afirmava que a propriedade privada e a riqueza só era moralmente aceitável/justificável enquanto condição necessária à assistência aos pobres e miseráveis. Os ricos, afirmava ele, “devem estar sempre dispostos a repartir e abrir a mão...”. Assim, formava-se uma ética paternalista cristã, que pregava que os comerciantes e mercadores deveriam vender suas mercadorias, produtos por preços justos que cobrissem somente os custos; o lucro com os empréstimos, aquele obtido por agiotas, a usura, era considerado um pecado extremamente grave.

Esta ética paternalista entrava em choque com os novos tempos econômicos, onde a nova classe emergente, a burguesia mercantil, não se sentia à vontade para auferir lucros cada vez maiores com suas atividades, temiam eles ir para o inferno. Assim, o movimento reformista religioso facilitou a construção de uma nova ética religiosa adequada ao espírito do novo sistema capitalista; surgirá a ética protestante.

4 – MANTINHO LUTERO SURGIU NO MOMENTO CERTO

MARTIN LUTHER (1483 A 1546), alemão, ordenou-se padre em 1507, tornando-se monge agostiniano; doutorou-se em 1512, dedicando-se ao estudo da doutrina de São Paulo (? a 65 d.C.) sobre o tema da Salvação, concluindo que esta depende exclusivamente da vontade divina, e só pode ser obtida pela fé.

A partir de 1513, foi professor-doutor na Universidade de Wittenberg iniciando sua luta reformista, quando o enviado do Papa Leão X (papa de 1513 a 1521), Johannes Tetzel (1465 a 1519) percorreu a Saxônia em 1517 vendendo indulgências. Lutero então denunciou-o, combatendo essa prática com a exposição das 95 Teses. Nelas, Lutero denunciava os abusos do monge dominicano que vendia indulgências para financiar a construção da Basílica de São Pedro e expôs suas idéias reformistas. Em escritos posteriores, negou a infalibilidade do papa, rejeitou as ambições políticas do papado. Afirmava a não intermediação entre homem de fé e Deus, negava assim a hierarquia e autoridade espiritual dos sacerdotes. Também propôs o fim do celibato. Rejeitou a doutrina da transubstanciação adotando a consubstanciação. Excomungado em 1521, recusou-se a abjurar suas heresias perante a Dieta de Worms de 1521.

Dieta era um conselho legislativo político deliberativo do Sacro Império Romano Germânico criada em 1356. Tal conselho era composto pelos príncipes, eleitores e delegados dos Estados Imperiais subordinados ao Sacro Império. A dieta mais famosa foi justamente a de Worms de 1521, na qual Lutero defendeu suas crenças. Presidida pelo rei católico espanhol Carlos V (1500 a 1558), que o declarou fora-da-lei, Lutero então refugiou-se no famoso castelo de Wartburg sob a proteção de Frederico da Saxônia. Este castelo, perto da cidade de Eisenach, sudoeste da Alemanha atual, foi construído no século XI, transformou-se num centro cultural de música de poesia por Hermano I, rei da Turíngia no século XIII. Posteriormente serviu de cenário, no século XIX, para a ópera de Tannhäuser (1844) do compositor alemão Wagner (1813 a 1883). O castelo serviu de refúgio a Santa Elizabeth da Hungria (1207 a 1231) e posteriormente ao próprio Lutero. nesta fase ele traduziu para o alemão o Novo Testamento. Em 1524/25, opôs-se à Guerra Camponesa ficando ao lado dos príncipes. Casou-se em 1525 com uma ex-freira Catarina de Bora com a qual teve 6 filhos.

Lutero foi autor de diversos hinos e de dois Catecismos de 1529, que eram a base da nova doutrina luterana. Tal doutrina consolidou-se após a Confissão de Augsburgo, que foi a declaração de fé luterana, apresentada em 25 de julho de 1530 à Dieta de Augsburgo e ao imperador Carlos V. Redigida por Philipp Melanchthon (1497 a 1560), que apresentou, leu o documento sendo o mesmo rejeitado, selando assim o rompimento definitivo com Roma.



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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Ativar o Blog para os Alunos





Estamos pensando em usar mais ativivamente o espaço do blog para divulgar as aulas e conteúdos. Até um tempinho atrás não estávamos conseguindo acessar no google o endereço daí estava difícil divulgar.
Talvez tenhamos problemas pois muitos alunos não sabem como acessar a rede mas memos assim vamos tentar.
Apresento a seguir algumas fotos da viagem ao Rio de Janeiro.
Espero que gostem.
Em breve faremos um apanhado de fotos de lugares históricos do Rio Grande do Sul.