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domingo, 11 de abril de 2021

SOCIOLOGIA 2 - Audio Aula 1 - Conceito de Ideologia

Sociologia 2 - Ideologia - Aula 1 

Neste link acima pode ser acessado a 1º Aula do Ano Letivo de 2021. Boa Aula.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

USO DE IMAGEM NA HISTÓRIA - Resumo da obra Câmara Clara de Roland Barthes


Resumo da Obra de Barthes – Câmara Clara ou Câmara Lúcida.

“ a vida é, assim, feita de golpes de pequenas solidões… Meu interesse pela fotografia adquiriu uma postura mais cultural. Decretei que gostava da Foto contra o cinema, do qual todavia, eu não chegava a separá-la. Essa questão se fazia insistente. Em relação à Fotografia eu era tomado de um desejo “ontológico”: eu queria saber a qualquer preço o que ela era “em si”, por que traço essencial ela se distinguia da comunidade de imagens.” […] “eu não estava certo de que a Fotografia existisse, de que ela dispusesse de um “gênio” próprio”. Pág. 11

Classificação? “A Fotografia se esquiva” para formar-se um “corpus” ( uma base científica).

Divisões empíricas e de fato da fotografia.



PROFISSIONAIS


AMADORAS
Retóricas – PAISAGENS – OBJETOS – RETRATOS – NUS
Estéticas – REALISMO – PICTORIALISMO



Exteriores ao objeto sem relação com a sua essência com o Novo de que ela foi o advento.

Conceito do que é Fotografia segundo Barthes é inclassificável e “Qual a causa desta desordem é:

“ o que a Fotografia reproduz ao infinito só ocorreu um vez: ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente.”

O acontecimento jamais se sobrepassa para outra coisa.

PARTICULAR ABSOLUTO ou CONTINGÊNCIA SOBERANA?

“ o real em sua expressão infatigável”. Lacan 53-66.

“ Isso é isso, é tal!” “Olhem” , “Olhe” “Ei aqui” o “VIS – À – VIS – linguagem dêitica.

A fotografia sempre traz consigo seu referente, colado um ao outro com a referência significante. Teimosia do referente – a essência.

Fatalidade: não há foto sem alguma coisa ou alguém. Uma foto é sempre invisível, não é ela que vemos. O refente adere. Uma foto pode ser objeto de 3 práticas e/ou emoções ou ainda intenções – fazer, suportar e olhar.

Agentes do processo da Fotografia

Operator – fotógrafo. A emoção do operador, a relação com o pequeno orifício, o estênopo pelo qual ele olha, limita e enquadra e coloca em perspectiva o que ele quer captar e surpreender. Depois a foto para por dois processos o químico e o físico onde revela-se o objeto da foto. O operador elege a visão recortada pelo buraco de uma fechadura da câmara obscura.

O gesto essencial do Operator é o de surpreender alguma coisa ou alguém (pelo pequeno orifício da câmara) e que esse gesto, é, portanto, perfeito quando se realiza sem que o sujeito fotografado tenha conhecimento dele. Deste gesto, derivam abertamente todas as fotos cujo princípio ( seria melhor dizer cujo álibi) é o “choque”; pois o “choque” fotográfico (bem diferente do punctum) consiste menos em traumatizar do que em revelar aquilo que estava tão bem-oculto, que o próprio ator dele estava ignorante ou inconsciente. Assim, toda uma gama de “surpresas” assim são elas para mim, Spectator, mas para o Fotógrafo são “desempenhos”.

Spectator – somos todos nós que compulsamos

Fotografado – o alvo, o referente. Pequeno simulacro de eídolon emitido pelo objeto spectrum da fotografia, espetáculo “o retorno do morto”.

Além dos processos químicos e físicos há as 2 experiências: a do sujeito olhado e a do sujeito que olha.

Escolhe como guia no estudo da Fotografia a COMOÇÃO. “Posar” - Fabrico-me – transformação ativa. E se a Fotografia podesse dar um corpo neutro? Ou ainda Fato objetivo do tipo PHOTOMATON, ver-se a sim mesmo. A foto e a fotografia de acesso a qualquer pessoa provoca um distúrbio na civilização moderna que não é só a elite que pode retratar-se. Antes da fotografia a visão do duelo Heautoscoscopia de uma alucinose. Mal – estar: “Me olho em um papel”. Distúrbio de propriedade. A quem pertence minha foto? Incerteza de uma sociedade para qual o sujeito, o ser basea-se em ter. A fotografia o ser vira objeto. O espartilho de minha essência imaginária. Foto-retrato= campo cerrado de forças. 4 imaginário diante da objetiva: 1 – sou o meu tempo aquele que eu me julgo; 2 - daquele que eu gostair que me julgassem;3 – aquele que o fotógrafo me julga e 4 – aquele que seria para divulgar sua arte.

Não paro de me imitar – toda vez que é fotografado a sensçaõ de inautenticidade. Micro experiência da morte tornando-se espectro. Toda imagem é a morte em pessoa. O outro, é outros desaproriaram-me de mim mesmo fazendo-me objeto, isso é o eidos de foto. A desordem reencontra-se no spectador que eu era e interrogo.

A atração por certas fotos – fascinação? O que uma foto dá um estalo? Aventura? Ela a aventura me anima é o que toda aventura produz.

“Como Spectador, eu só me interessava pela Fotografia por “sentimento”: eu queria aprofundá-la, não como uma questão ( um tema), mas como uma ferida: vejo, sinto, portanto noto, olho e penso.” pág. 26.

Conceito de Studium

“O que experimento em relação a essas fotos tem a ver como um afeto médio, quase com um amestramento. Eu não via, em francês, palavra que exprimisse simplesmente essa espécie de interesse humano; mas em latim, acho que essa palavra existe: é o studium que não quer dizer estudo mas a aplicação a uma coisa, o gosto por alguém, uma espécie de investimento geral, ardoroso mas sem acuidade particular.”

“Muitas fotos, infelizmente, permenecem inertes dianta do meu olhar.”

“O studium é o campo muito vasto do desejo indolente, do interesse diversificado, do gosto insconsequente: gosto/não gosto, I like/I don’t. O studium é da ordem do to like, e não do to love, mobiliza um meio desejo, um meio querer, é a mesma espécie de interesse vago, uniforme, irresponsável, que temos por pessoas, espetáculos, roupas, livros que consideramos “distintos”.” Reconhecer o studium é fatalmente encontrar as inteções do fotógrafo, entrar em harmonia com elas, aprová-las, desaprová-las, mas sempre compreendê-las, discuti-las em mim mesmo, pois a cultura ( com que tem a ver o studium) é um contrato feito entre os criadores e os consumidores.

“O studium é uma espécie de educação ( saber e polidez) que me permite encontrar o Operator, viver os intentos que fundam e animam suas práticas, mas vivê-las de certo modo ao contrário, segundo meu querer de Spectator. Isso ocorre um pouco como se eu tivesse de ler na Fotografia os mitos do Fotógrafo, fraternizando com eles, sem acreditar inteiramente neles. Esse mitos visam evidentemente reconciliar a Fotografia e a sociedade dotando-a de funções, que são para o Fotógrafo outros álibis. Essas funções são: informar, representar, surpreender, fazer significar, dar vontade. E eu, Spectator, eu as reconheço com mais ou menos prazer: nelas invisto meu studium ( que jamais é meu gozo ou minha dor).” pág. 32.

Conceito de Punctum

O segundo elemento vem quebrar ( ou escandir) o studium. Desse vez não sou eu que vou buscá-lo ( como invisto com minha consciência soberana o campo do studium, é ele que parte da cena, como uma flecha, e vem me transpassar. Em latim existe uma palavra para designar essa ferida, essa picada, essa marca feita por um instrumento pntudo, essa palavra me serviria em especial na medida em que me remete também à ideia de pontuação em que as fotos de que fala são , de fato, como que pontuada, às vezes até mesmo mosqueadas, com esses pontos sensíveis, essa marcas, essas feridas são precisamente pontos. Esse segundo elemento que vem contraria o studium chamarei então de punctum… O punctum de uma foto é esse acaso que, nela, me punge, mas também me mortifica, me fere.

Neste espaço habitualmente unário, às vezes ( mas infelizmente, com raridade) um “detalhe” me atrai. Sinto que basta sua presença para mudar minha leitura, que se trata de uma nova foto que eu olho, marcada a meus olhos pro um valor superior. Esse “detalhe” é o punctum ( o que me punge).

“Não é possível estabelecer uma regra de ligação entre o Studium e o Punctum ( quando ele está presente). Trata-se de uma copresença, é tudo o que se pode dizer: as freiras “estavam lá”, passando no fundo, quando Wessing fotografou o soldados nicaraguenses: do ponto de vista da realidade ( que talvez seja a do Operator), toda uma causalidade explica a presença do “detalhe”: a Igeja está implantada nesses países da América Latina, a freira são enfermeiras, deixam-nas circular etc. O Punctum é um “detelhe” ou seja, um objeto parcial.” pág. 44.

I – Exercícios e Atividades

1 – Verifique as fotos suas que mais gosta e procure identificar o Studium e o Punctum das mesmas – no mínimo duas fotos.

2 – Fotografe com seu celular o dos colegas uma foto que tenha os dois elementos apresentados por Barthes.

domingo, 7 de janeiro de 2018

RETA FINAL DO ANO LETIVO E DO CURSO ENSINO MÉDIO
Tarefa Final -  3º Ano 2017/2018

 
AVALIAÇÃO 3º TRIMESTRE 2017/2018 - TURMA 301

Pesquisa e produção textual e visual
FOCO: Temas e Movimentos do Século XX.

1- Objetivos Gerais:
O presente trabalho escolar de pesquisa e produção textual e visual tem a finalidade de possibilitar co conhecimento de fatos em detalhes, do qual, na dinâmica de aula são apresentados de forma mais resumidos.
2 – Objetivos Específicos:
O presente trabalho de pesquisa visa aprofundar os conhecimentos a respeito de movimentos sociais, culturais, revoltas, rebeliões ocorridos entre 1901 e 2000 no Mundo e no Brasil (a partir de 1945) .
3 – Metodologia:
Os trabalhos deverão organizar-se da seguinte forma:
a) os alunos formarção grupos de no máximo 4 integrantes que deverão escolher um tema – da lista a seguir – e depois coletar informaçãoes sobre o tema escolhido.
b) além das informações históricas, dados entre outras fatos a respeito o tema deverão também coletar imagens, ícones, desenhos ou qualquer informação gráfica relevante ao fato a ser anexado ao trabalho.
c) cada texto ou informação gráfica deverá ser acompanhado da FONTE DE PESQUISA – de onde foi tirada tal informação ou imagem. As fontes de pesquisa podem ser bibliográficas, iconográficas ou ainda audivisuais. Todas devem constar o local ou site de onde foram usadas como referência do conteúdo do presente trabalho.
d) todos os trabalhos devem ser apresentados aos demais colegas por meio de cartazes, vídeos, ou apresentações.
e) os trabalhos gráficos de cartazes deverão obedecer margem e boa letra para leitura com textos breves e imagens, gravuras, gráficos etc.
f) todos os trabalhos devem serem escrito com textos autorais resumo elaborado pelo grupo ou de integrantes do mesmos.
e) os trabalhos apresentados sob a forma de Programas de Apresentação ( PPT ou Prezi) devem ser enviados por e-mail :

4 - Prazo – 10 de janeiro de 2018.
5 – Valor da Avaliação:
15 pontos do total de 40 pontos do 3º trimestre de 2017/2018.
6 – LISTA DE TEMAS:
Cada grupo deverá escolher um tema somente sem poder ser repetido por outro grupo. Por essa razão deve ser organizada uma lista com o nome dos integrantes do grupo e o tema escolhido.
1 – Revolução Chinesa – 1949
2 – Macartismo – perseguições a possíveis comunistas nos Estados Unidos pelo senador Joseph Raymond MaCarthy.
3 – Direitos Civis nos Estados Unidos – A luta de Martin Luther King contra o racismo institucionalizado.
4 – Stalinismo na URSS – Campos de Concentração na Sibéria e repressão aos dissidentes políticos do regime russo.
5 – Criação do Estado de Israel e os conflitos na Palestina.
6 – Revolução Cubana – Como uma ilha a 150 kms de Miami torna-se comunista?
7 – O surgimento do Rock e seus efeitos na cultura norte americana e no mundo.
8 – A Contracultura – Os Escritores Beats percurssores do movimento hippie. Filme On The Road inspirado no livro de Jack Kerouac.
9 – Movimento Hippie e suas influências.
10 – Festival de Woodstock
11 – Tropicália
12 – Festivais de MPB no Brasil
13 – Marcha contra a Guitarra
14 – Apartheid na África do Sul – Papel de Nelson Mandela no fim do sistema.
15 – Solidariedade na Polônica Comunista – Papel de Lech Walesa na democracia da Polônia.
16 – FARC – EP e a luta política na Colombia até a deposição das armas atualmente.
17 – Sendero Luminoso no Perú – A revolução andina.
18 – Tupamaros no Uruguay.
19 – Resistência Indígena no Brasil – Caso do Cacique Mário Juruna, único Deputado Federal índio da história até hoje.
20 – Movimento Punk
21 – Movimetno Hip HoP – Por que subcultura?
22 – Ecologia e Sustentabilidade – O que esses conceitos tem haver com a história?
23 – Unificação Europeia – Euro moeda forte a crise entre seus membros. Saída da Inglaterra.
24 – Mercosul ainda resiste? Qual os impactos do Mercosul no Rio Grande do Sul.
25 – Neonazismo e a cultura de ódio nas redes sociais.
26 – Energias Limpas – Eólica e Solar. Impactos nos Países mais pobres.
27 – Empréstimo para Pobres – Muhammad Yunus e o Microcrédito.
28 – Crise Imobiliária ou Bolha Imobiliária – Efeitos na Economia Brasileira e no Mundo.
29 – Cinema Novo – O Brasil e a Produção Cinematográfica Nacional.
30 - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST – surgimento e perspectivas da Reforma Agrária no Brasil.

 

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Até parece que os caminhos acabam logo ali...
Na verdade iniciam-se outros.
É difícil recomeçar ainda mais quando vemos nosso país dividido entre Quadrilhas e Nação - aqueles que respeitam as leis.
Forjar legitimidade custa caro, custa o futuro de gerações.
A verdadeira mudança está em cada um de nós e depende da consciência individual dentro de uma coletividade cada vez mais BESTIALIZADA pelos fatos que não consegue entender e pelo menos resistir.
A história não para ela é agora, neste exato momento. 
Alguma coisa é preciso fazer.
  

REFORMA PROTESTANTE

Questões para se pensar:
1 – Se Deus é único por que há tantas religiões?
2 – Se Deus é bom por que há tantas guerras entre as religiões e seus seguidores ou fiéis?
3 – Por que depois da Reforma Protestante surgiram novas religiões e igrejas?
4 – O poder da fé se reduz em razão das divisões entre as religiões?
5 – O Deus ou a Igreja em que você acredita considera todos humanos irmãos entre si e filhos dele? Sua resposta foi sim então por que – se todos são irmãos entre si  – há pessoas passando fome e necessidade? Você é solidário com “seus irmãos”?
6 – Se todos foram feitos pelo mesmo Deus por que então há preconceitos e discriminação em razão dos diferentes comportamentos culturais entre os povos e as pessoas que não são iguais?
7 – Por que algumas religiões surgiram com um único Livro Sagrado e mesmo assim, usando este texto como
sagrado e referência, há diferentes interpretações e leituras diferentes do mesmo livro?
8 – Como as religiões tradicionais reagem aos novos comportamentos das sociedades e das pessoas?

    As dúvidas sobre religião, crença, limites entre crença e ciência estão na base das diferentes religiosidades. Conhecer as diferenças permite entender a sua própria religião e além disso, possibilita ter argumentos para reafirmar sua crença. O problema é que esta reafirmação – em alguns casos – deixa o terreno dos debates e ocorrem os conflitos, alguns dão início a guerras religiosas intermináveis, como é o caso dos conflitos do Oriente Médio e da Europa.

CAUSAS DA REFORMA RELIGIOSA NA EUROPA

1 – Cobrança de Impostos pelo Papado Católico dos Estados Nacionais Europeus e os Proprietários de Terras e Bens, além da nova classe social emergente a burguesia mercantil, e de manufaturas que eram contra ao pagamento de tributos à Igreja e ao Estado.
2 – Venda de Indulgências – em troca de aliviar a penitência para os pecadores ou até absolver pecadores de seus pecados sem penitências, alguns padres e autoridades eclesiásticas recebiam contribuições em dinheiro para “obras da Igreja”, algumas dessas contribuições eram apropriadas por membros do clero e então – quando descobertos – eram acusados de SIMONIA = corrupção nos bens da Igreja.
3 – Questões Teológicas – divisão da Igreja em duas grandes concepções:

3.1 -TEOLOGIA AGOSTINIANA
 “Deus, onipotente, escolhia, de acordo com seus desígnios, aqueles que iriam para o paraíso e os que trilhariam o caminho da perdição, destinados ao inferno.” Santo Agostinho.

   Augustinus Hipponensis ou  Agostinho de Hipona, nasceu  em 13/11/354 na cidade de Tagaste, na Numídia, hoje atual Souk Ahras, Argélia. Viveu 75 anos morrendo em 28 de agosto de 430 em Hipona, Numídia, atual Annaba, Argélia. No Ocidente, na Europa, Américas é comemorado seu santificado no dia 28 de agosto. Na Igreja Ortodoxa é no dia 15 de junho e em 4 de novembro na Igreja Assíria do Oriente.
Obras Primas: A Cidade de Deus, e As Confissões.
 
    Santo Agostinho considerava a FÉ como único sinal externo de que alguém pertenceria ao grupo dos escolhidos à SALVAÇÃO ETERNA. Além disso, defendia a ideia da PREDESTINAÇÃO – ou seja ato pelo qual Deus prevê infalivilmente a salvação dos fiéis,  atuando sobre sua obra através da Providência Divina – que por seu poder ilimitado determina e controla todos os eventos por meio de “leis naturais” ou em providência especial por meio de MILAGRES. Ajudou a construir a doutrina do Pecado Original e da Teoria da Guerra Justa.

 
3.2 – TEOLOGIA TOMISTA



Santo Tomás de Aquino ou Tommaso D’Aquino (Roccasecca, 1225 a  Fossanova, Lácio no Reino da Sicília em 7 de março de 1274) foi membro da Ordem dos Pregadores (dominicano), suas obras influenciaram a teologia e a filosofia, principalemente a tradição conhecida como Escolástica. É comemorado  e celebrado no dia 28 de janeiro.
        Criou uma nova concepção teológica, que afirmava a ideia do LIVRE-ARBÍTRIO, ou seja, o ser humano tem a possibilidade de colaborar ou não com Deus no empenho total de conseguir a Salvação, cabendo escolher entre o caminho do bem ou do mal. Nesta fase Escolástica Tomista da Igreja, os sacerdotes ou padres, bem como os demais membros do clero, adquiriram muita importância na definição do que era bem ou mal, portanto, através da CONFISSÃO, podia controlar os comportamento moral dos fiéis.


4 – Sentido Moral Religioso da Riqueza
    Na medida que, na Baixa Idade Média, diminuía o isolamento e aumentava a população urbana, também aumentavam as atividades econômicas comerciais. A riqueza só era moralmente aceitável pela Igreja se fosse para servir aos pobres e necessitados. Novamente Santo Tomás de Aquino deixa clara a concepção da ÉTICA PATERNALISTA CRISTÃ, baseando-se nas práticas ascéticas de Cristo e outros mártires da Igreja como os franciscanos.
“é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma fechadura do que o rico passar pela porta do céu” - disse Jesus, quando ouviu um rico se negar quando Jesus propôs a este dar todos os seus bens para os pobres como resposta à pergunta do próprio rico em como faria ele, para segui-lo.
  “ os ricos devem sempre estar dispostos a repartir e abrir a mão” dizia Santo Tomás de Aquino.
    Essa ideia também aparece no Novo Testamento em Mateus 19  v 21:
     “se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá-os aos pobres, e terás um tesouro no céu, depois vem. E segue-me”
    Assim, os ricos, assim como o pai que cuida dos filhos, deveriam cuidar por caridade e partilhar seus bens com os mais necessitados, pois afinal não seriam todos irmãos perante a Deus? Essa ética paternalista não servia para aqueles que acumulavam riqueza, em especial a burguesia mercantil. Portanto, uma nova ética seria necessária, surge a ÉTICA PROTESTANTE.   
5 – Ética Protestante
    Seguindo a concepção do LIVRE-ARBÍTRIO o ser humano, fiel, ou crente, deve ter uma vivência cristã numa comunidade e seu sucesso no trabalho e nos negócios, representaria o resultado da “manifestação de Deus na sua vida”, seria um indicativo de provável predestinação de Deus, a riqueza deve ser reverenciada e agradecida mas não partilhada de forma paternalista aos demais membros da comunidade. Em alguns casos os “crentes” viverão em “comunhão de bens”, uma espécie de comunidade “socialista” baseados nos exemplos de Cristo, que partilhava o pão e multiplicava os peixes, onde tudo que a comunidade produz pertence ao Reino de Deus na terra. Tal concepção afrontará o poder dominante e passará a ser perseguidos como foi o caso do confronte entre Anabatistas(camponeses) e Luteranos apoiados pelos senhores feudais e  Príncipes.
    Nesta concepção de justificação da riqueza e das diferenças sociais está relacionada com a dedicação pessoal à Igreja e ao trabalho. Quanto mais trabalho mais riqueza e mais agradaria Deus que permitiria mais riqueza e sucesso. O calvinismo será a doutrina que melhor soube utilizarar-se deste princípio para justificar as diferenças sociais entre ricos e pobres cristãos.
6 – Valorização do Sentimento Individual da Fé
Em sintonia com os novos tempos modernos das Artes Renascentista e da revitalização da lógica científica – descobertas pela razão individualista cria a ideia da possibilidade do indivíduo, o fiel ou crente comunicar-se diretamente com Deus, sem intermediários. Se Deus é onipresente, Deus tudo vê e tudo ouve, portanto, bastaria ter fé em Deus para comunicar-se com Ele. Essa concepção afetava a hierarquia da Igreja e a autoridade do clero de uma modo geral.
7 – Crise Moral dos Membros do Clero
Acusações de SIMONIA=corrupção e NEPOTISMO=emprego ou favorecimento de parentes familiares dos membros do clero nas estruturas da Igreja com algum poder assolavam a Igreja e em especial alguns papados como foi o caso de Alexandre VI (1451 a 1503) que foi considerado o pior dos Papas em razão de comportamentos de luxúria e corrupção. Embora fosse considerado um grande mecenas da Arte Renacentista, Alexandre VI foi acusado de ter filhos(nicolaísmo= não respeitar a condição de celibatário ou castidade clerical) e deleitar-se com muitas mulheres em festas nas dependências do Vaticano. Ocorreram conflitos entre candidatos a Papa, há relatos de mortes inclusive em razão destas disputas. Por essa razão muitos fiéis, descontentes com esses comportamentos mundamos, apoiaram  novas igrejas reformistas.