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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

ÓTIMO ANO DE 2009 PARA TODOS

FELIZ ANO NOVO
PRA TODOS VOCÊS
EM ESPECIAL AOS QUE ESFORÇARAM-SE PARA CONCLUIR O ENSINO MÉDIO TURMAS 304 E 305.
E A TODOS OS DEMAIS.
GRANDE ABRAÇO
MUITA PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE!!!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Islamismo1


INSTITUTO
ESTADUAL RIO BRANCO

HISTÓRIA I

ISLAMISMO

1 – A Arábia Pré-islâmica

A península Arábica está situada no Oriente Médio, limitada a oeste pelo Mar Vermelho, o oceano Índico ao Sul e o golfo Pérsico a leste, sendo ligado ao continente pelo deserto, que cobre maior parte do território. O clima é extremamente seco, apresentando oscilações térmicas na faixa litorânea de temperatura mais amena e de deserto no interior mais quente durante o dia e a noite mais fria. Ao centro e a oeste encontram-se numerosos oásis = que tem água que possibilita a prática da agricultura e da pecuária de subsistência.

A Arábia antes do islamismo era habitada por povos de origem semita e encontravam-se divididas em numerosas tribos ou grupos étnicos como os Banu-Kalb, os Banu-Ghassan, os Tanukh, os Tayyi, os Kinda, os Himyar, entre outros. Os árabes do deserto, conhecidos genericamente como beduínos eram nômades com características culturais bem diversas dos árabes do sul e do litoral. Atualmente se divide a península em sete países como a Arábia Saudita, Kuwait, Barein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Omã e Iêmem.

As dificuldades de sobrevivência nos oásis cercados por extensos desertos, apesar da agricultura e pecuária levaram-nos às atividades de comércio de longo curso com as caravanas deslocando-se por toda península e até fora dela comercializando com o Império Bizantino e Persa Sassânidas. Nas épocas de más colheitas ou pouca produção utilizavam-se das razzias, que eram lutas, guerras rápidas no deserto entre tribos vizinhas ou a pilhagem= ghazu com o objetivo de conquistar alimentos ou outros bens de tribos inimigas.

A costa do litoral a sudoeste, também chamada de Yemmen= arábia feliz, tinha as principais cidades como Meca e Yatreb onde existiam comércio forte e produção manufatureira. Apesar disso, nesta fase não existia um governo centralizado entre as tribos. Também do ponto de vista religioso, os árabes diziam-se ser descendentes de Abraão porém adoravam várias divindades e deuses inferiores chamados de djins, através de imagens, totens onde cada tribo possuía seus próprios ídolos.

O Santuário de Meca


Até o início do século VII, os árabes do sul adoravam deuses e deusas que personificavam os planetas. Para cada ente sagrado consagravam-se templos e santuários controlados por sacerdotes. Meca possuía o santuário da Caaba, local de peregrinação que abrigava a Pedra Negra que é um meteorito e mais de 300 divindades de toda a Arábia.

O Surgimento de Maomé

Meca não possuía organização ou um governo centralizado, a tribo da clã dos Quraish ou coraixitas controlava a cidade em especial o comércio. A família de Maomé pertencia ao ramo pobre da tribo dos coraixitas a dos haxemitas nascido em 29 de agosto de 570, Muhammad perdeu seu pai que morrera pouco antes de seu nascimento. Foi criado por seu avô e desde cedo integrava as caravanas que iam para Jerusalém, Damasco entre outras cidades, o que lhe colocou em contato com o judaísmo e cristianismo. Impressionada com a fama comercial de Maomé, que nesta época era chamado de al-Amim = “homem honesto”, Kadidja, com 40 anos propôs casamento a Muhammad, cerca de 15 anos mais novo. Juntos tiveram 7 filhos, mas só as meninas sobreviveram, entre elas Fátima futura esposa de Ali Ibn Abu Talib um dos primeiros califas.


A Grande Revelação

Muhammad tinha o hábito de fazer retiros espirituais ou khalwa nos arredores de Meca. Ele apreciava praticá-los em uma gruta chamada de Hira, situada em uma colina. Em 611, durante um desses retiros, o arcanjo Gabriel se revelou a ele. O arcanjo solicitou que Muhammad lesse os sinais árabes bordados em um longo pergaminho de seda. “Mas eu não sei ler”, respondeu, envergonhado. “Leia”, insistiu o arcanjo. “Mas não aprendi a ler”. Gabriel então pediu mais uma vez para Muhammad repitir: “Leia em nome do Teu Senhor” e assim começou as revelações da nova religião.

Nos primeiros três anos pregou a nova fé entre seus parentes e tribos vizinhas. Ao realizar discursos e pregações em frente a Caaba, pregando a destruição dos ídolos e afirmando a existência de um só deus, Alá ocasionou protestos e resistências. As mudanças religiosas propostas entram em choque com os líderes coraixitas que tentaram matá-lo. Maomé fugiu para de Meca para Yatrib, ficando conhecida este fato como Hégira= hijra ou exílio, fuga emigração em árabe, que marca o início do calendário muçulmano ou muslim=submisso a deus. Jihad X Guerra Santa: uma distorção histórica do sentido original
Apesar de não conter no seu núcleo semântico a noção de “guerra”, a palavra árabe jihad é quase sempre traduzida como “a guerra santa contra os infiéis não seguidores do islã”. Assim no período inicial e original do islamismo, a palavra jihad era empregada com a idéia de “esforço individual ou coletivo de conhecimento e aceitação do islã. Através da oração e culto a Allah, o converso ao islã deveria preparar seu corpo e mente para viver em harmonia com os valores muçulmanos da comunidade em que vivesse. Já o “jihad-esforço” coletivo de propagação do Islã e de realização social ocorreria de duas formas; o discurso e a ação social. Neste sentido, as populações não convertidas deveria-se fazer um esforço para convencê-las pela doutrinação,
pelos acordos diplomáticos e em último caso pela força das armas que teria sentido muito mais de defesa do que ataque. Porém, a partir do século XII, as Cruzadas, a Guerra Santa Católica dominariam o cenário histórico sangrento e o caráter da palavra jihad ganhou o sentido que
tem uso hoje pelos ocidentais.

A morte do Profeta

O profeta conseguiu vitória militares importantes contra os coraixitas que foram derrotados definitivamente em março de 627 na batalha de Khandaq. Segundo o cronista do século IX, Tabari que escreveu sobre as façanhas bélicas de Maomé, foram necessários 10 anos de
intensas batalhas para dominar toda a península Arábica. No oitavo ano da Hégira em 630, Maomé com o apoio de 10 mil soldados conseguiu tomar Meca. Em março de 632, com 63 anos, Maomé adoeceu e foi enterrado em Medina, antiga Yatreb, que recebeu o novo nome, cujo significado é a “cidade do profeta”. A crise de continuidade após sua morte, pois Maomé só tinha uma filha Fátima acabou assumindo o trono como o califa= ou sucessor Abu Bakr marcando o fim do Islã Profeta e o início do Islã Histórico com os 4 califas perfeitos.

Cronologia

632 – morte de Maomé

632 a 634 - Califa Abu Bakr – Conquista do Iraque, Síria e Egito

634 a 641 – Califado de Omar – Conquista de Jerusalém em 638.

641 a 656 – Omar é assassinado. Califado de Uthmar

656 a 661 – Uthmar é assassinado e Ali torna-se califa iniciando-se conflito entre sunitas
seguidores do Califado Omíada e xiitas seguidores de Ali.

711 – muçulmanos ocupam península Ibérica.

714 – ocupação de Lisboa até 1147.

732 – Batalha de Poitiers na França onde cristãos barram avanço muçulmano para o norte.

3º Avaliação dos 1ºos Anos/2008 - turmas 109, 110 e 111.

Após a leitura do texto responda as seguintes questões. Poderá ser utilizado nosso livro no capítulo 18

1 - As caravanas comerciais exerceram importante papel na formação da sociedade árabe. Em termos religiosos, que importância elas tiveram?

2 - Em que aspectos a religião criada por Maomé se diferenciava das antigas crenças dos árabes?

3 - Qual a importância da jihad no porcesso de ampliação e na expansão islâmica no mundo medieval?

4 - Explique a frase: "por meio da religião, Maomé criou um sentimento de identidade entre os árabes, fazendo surgir um Estado árabe-muçulmano"?

5 - Escreva um texto sobre o legado deixado pelos muçulmanos nas várias áreas do conhecimento humano.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Trabalho Turma 109 - Ensino Religioso

Aqui estão os comentários do trabalho de pesquisa da turma 109 Ensino Religioso sobre o Tema Cristianismo na Idade Média com os seguintes temas

PATRÍSTICA
SANTO TOMAZ DE AQUINO
SANTO ABELARDO
SANTO AGOSTINHO
CELIBATO
GRANDE CISMA DE 1054
IGREJA ORTODOXA
ESCOSLÁTICA

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Trabalho Turma 304 e 305 - Temas do Século XX

Aqui estão postados os comentários e os trabalhos da turma 305

Feudalismo[1]

INSTITUTO ESTADUAL RIO BRANCO

1– SISTEMA OU MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL
  1. TERMO FEUDO
    Acredita-se que venha do latim “foedos” que significaria ajuste ou “aliança”. O feudo significa uma porção territorial em que uma pessoa, “o SENHOR” nobre de origem familiar tradicional é o proprietário. O “senhor do feudo” exerce seu poder através da SUCESSARIA que inclui poderes como:
    1 – manter exército próprio;
    2 – emitir e cunhar sua própria moeda;
    3 – atos judiciário;
    4 – cobrança de tributos em forma de renda, produtos produzidos etc..

Ofeudo é uma unidade social autônoma administrativamente,como se fosse um micro país. Além desta autonomia, hátambém auto-suficiência econômica. Tudo o que épreciso para viver-se é produzido internamente. Hápouco contato de trocas ou intercâmbio comercial entre osfeudos e países mais distantes.

O feudo dividi-se em partes, uma grande área é ocupada pelo “CASTELO”, a fortaleza onde reside o senhor com sua família e em alguns casos com os “servos”ligados a atividades laborais de artesanato e manutenção do castelo. Uma outra parcela do território é ocupada pelas aldeias ou vilas de camponeses com suas casas simples. Por fim, as terras destinadas ao cultivo, pastos e bosques/florestas de uso comum. A parte produtiva da terra é subdividida em 3 parcelas: 1º manso senhorial, de uso exclusivo do senhor e de melhor qualidade e quantidade; 2º manso servil de uso exclusivo dos servos/camponeses e a 3º o manso de uso comum dos servos e do senhor.

2A ECONOMIA FEUDAL

A economia feudal gira em torno do grande domínio territorial conjugado com a exploração da mão-de-obra servil das famílias camponesas que ali vivem. Este regime inicia-se na fase final do Império Romano com o estabelecimento do colonato com a criação das vilas de camponeses. No início tal estrutura era baseada na “economia natural”, ou seja, na organização econômica em que os bens produzidos são para o uso imediato, é feito pelos próprios produtores diretos e ao mesmo tempo, consumidores. Não há bens de troca comercial como ouro ou dinheiro, que só começam a serem utilizados a partir do século
XII, onde generaliza-se o seu uso no incipiente comércio interno e externo dos feudos.

O senhor feudal tem o domínio da terra do feudo mas a propriedade não era plena. Não poderia o senhor alienar ou hipotecar sua propriedade, pela lei do MORGADIO, a terra era herdada una e indivisível pelo filho primogênito. O senhor cobra renda – imposto – sob a forma de CORVÉIA estabelecendo uma relação de produção unilateral e servil.

2.1 – RELAÇÕES DE PRODUÇÃO SERVIL OU FEUDAL

O trabalho direto na produção é exercido pelos camponeses que são chamados no feudalismo europeu de servos, isto é, rendeiro preso a terra onde produz para sua própria subsistência e da classe dominante como a do senhor feudal, sua família e a nobreza ao seu redor. O servo recebe em troca de sua dedicação servil, a proteção contra as más colheitas e segurança militar contra povos invasores. O servo tem alguma liberdade, ele pode abandonar o feudo, mas o senhor não pode expulsá-lo. Estas relações sociais servis de produção, tem como base jurídica, a Lei Tradicional da Servidão da Gleba. Cada servo tem como obrigações:
  1. TALHA
    – metade do que cada servo ou família produz era entregue ao senhor feudal;

  2. CORVÉIA
    – prestação de trabalho gratuito durante certo número de dias que variavam de feudo para feudo, nos domínios privados do senhor. Além desta forma de pagamento, havia a contribuição em produtos que poderia ultrapassar 50%.Posteriormente, com o crescimento do comércio, este sistema foi substituído por cobrança e pagamento em dinheiro.
  3. BANALIDADES
    – cobrança pelo uso de ferramentas, moinho entre outras atividades.

2.2.- PRODUÇÃO ECONÔMICA FEUDAL
As técnicas de produção rudimentares, o índice de produtividade baixo e a parte que a Igreja solicitava aos senhores, ocasionava um rendimento líquido baixo e a longo prazo, levou o sistema a estagnação e as constantes crises. Além disso, não haviam motivações dos servos em produzirem a mais, pois se isso ocorresse mais o senhor arrecadaria.

feudalismo 2

3 – SOCIEDADE FEUDAL

No feudo, instituição básica da vida rural medieval, coexistiam duas classes distintas: os nobres, ou senhores feudais e os servos = da palavra em latina “servus”, o escravo. Na realidade, os servos nada tinham em comum com os escravos como em Roma. O escravo era propriedade como qualquer ferramenta de trabalho, passível de ser comprado ou vendido à revelia de sua vontade. O servo, ao contrário, não podia ser separado de sua família ou de sua terra de origem que lavrava. Quando o senhor transferia a posse do feudo para outro nobre, o servo adquiria um novo senhor. Estava no entanto, submetido em graus variáveis a obrigações por vezes pesadas, das quais raramente se livraria. Não tinha plena liberdade, embora não era preso.
O senhor vivia às custas do trabalho dos servos que cultivavam seus campos e lavouras pagando tributos em espécie conforme o feudo. Este sistema concentra renda na classe nobre que explora os servos.

A Igreja Católica Apostólica Romana foi, sem dúvida, a maior proprietária de terra durante a Idade Média Européia. Embora os bispos e abades estivessem no mesmo plano que os conde e duques na hierarquia feudal, havia uma diferença significativa entre os senhores eclesiásticos e os senhores seculares: os duques e condes podiam transferir sua lealdade de um senhor para o outro, já os bispos e abades deviam lealdade ao Papa em Roma. Contudo, esta diferença praticamente não alterava as relações
fundamentais entre senhores e servos. Não há provas históricas de que o tratamento dispensado aos servos pelos senhores eclesiásticos fosse menos rigoroso que dos senhores seculares. Tanto um como o outro, apropriavam-se do trabalho dos servos sob a forma de produtos ou dinheiro.

4 – ÉTICA PATERNALISTA CRISTÃ

Os senhores feudais tanto seculares como eclesiásticos, necessitavam de uma ideologia que refletisse e legitimasse o “statusquo” feudal. A ideologia que representasse o cimento moral capaz de manter coesa a Europa feudal e protegesse o sistema e seus beneficiários. Foi a versão medieval da teologia da tradição judáica-cristã onde a sociedade era encarada como uma única entidade ou corporação, uma “grande família”. A ética paternalista cristã, considera a sociedade como uma família tradicional onde os “homens bons” ocupam a posição de um “pai” (poder) e detêm a riqueza (propriedade), tendo este obrigações paternalistas para com os “homens comuns” (os pobres) ou seus filhos. Do homem comum, assim como do filho, espera-se a obediência e a aceitação de seu lugar e tarefas na família, na sociedade, submetendo-se de bom grado aos diferenciados papéis e qualidade de vida na sociedade.

Os judeus do Antigo Testamento, consideravam-se filhos de um único pai, o Deus, portanto irmãos entre si. A lei Mosaica, mantém este sentimento de pertinência a uma espécie de “grande família” havendo várias prescrições destinadas a aliviar a pobreza entre os seus irmãos. Dado significativo deste código paternalista era a proibição de que, para saldar dívidas, as ferramentas de trabalho do devedor lhe fossem tomadas em pagamento.
Os ensinamentos de Jesus Cristo, contidos no
Novo Testamento em parte as tradições mosáicas no que se refere a ideologia social e econômica. Cristo ensinou que os homens deveriam preocupar-se com o bem estar de seus semelhantes, praticando a caridade e solidariedade, condenando a ganância, a avareza e o egoísmo.


5– O CARATER ANTICAPITALISTA DA IDEOLOGIA FEUDAL

Os pressupostos filosóficos e religiosos que norteavam a conduta do homem medieval, a ética partenalista cristã, toliam o desenvolvimento das ciências através da inquisição e das restrições comerciais com povos não católicos. Ao final da Idade Média, neste contexto, onde a fé e os dogmas predominavam sobre o pensamento racionalista, irá surgir o mercantilismo, que é considerado a fase itermediária de acumulação primitiva de capitais da Revolução Industrial que viria a seguir. A história comprovou que aquelas sociedades que se libertaram da ditadura dos dogmas inquisitórios, foram justamente as pioneiras no novo sistema econômico, o capitalismo industrial.

O teólogo Santo Tomaz de Aquino, afirmava que a propriedade privada só era moralmente justificável, enquanto condição necessária para a assistência social aos pobres e miseráveis. Os ricos, afirmava ele, “devem estar sempre dispostos a repartir e a abrir a mão”. Ele ainda pregou a idéia de que as relações conômicas e sociais, do sistema senhoril, refletiam uma ordenação natural e eterna emanada de Deus.

O pensamento econômico e social da Idade Média, desprezava a atividade científica-produtiva e o espírito comercial. A ética paternalista cristã, insistia em que os comerciantes e mercadores, tinham a obrigação moral de vender seus produtos e mercadorias por preços justos que apenas cobrissem os custos de produção ou de revenda. Também era moralmente condenável, a acumulação de riqueza, a usura que é o empréstimo de dinheiro a juros. Assim a ética paternalista cristã e o papel da Igreja Católica, representavam um entrave às novas idéias da filosofia racionalista que pregavam o livre arbítrio e a redução de seus poderes na sociedade. No decorrer da história, surgirá novos inventos, idéias que criaram movimentos nos planos:
a) TEOLOGICOS – movimentos de Reforma e Contra-reforma;
b) FILOSÓFICO – racionalismo e iluminismo;
c) ECONÔMICO – revolução comercial e industrial e no plano POLÍTICO – absolutismo e liberalismo.

Questões Sobre Feudalismo Texto Distribuído
1 – O que é feudalismo? Qual o significado de feudo?
2 – Quais as características do feudalismo?
3 – Como o camponês recebe pelo seu trabalho?
4 – O que são banalidades?
5 – Como é dividida a sociedade feudal?

Trabalho Turma 205 e 206

Aqui estão postados os trabalhos dos alunas(os) da turma 205 e 206 de 2008
PESQUISA DOS 2ºOS ANOS
2º AVALIAÇÃO

**Escolha um dos temas – não pode repetir

TEMAS DO FINAL DA ÉPOCA MODERNA

1 -Colonização dos Estados Unidos - Primeiras 13 Colônias
2 – Produção Colonial Norte-Americana – Tabaco e Chá
3 – Pacto de Mayflower
4 – Processo de Independência dos Estados Unidos
5 – Autogoverno – (self-government)
6 – Constituição dos Estados Unidos da América
7 – Formação do Território Norte-Americano
8 – Pirataria Naval – época moderna
9 – Revolução Francesa – Queda da Bastilha
10 – Estados Gerais – Revolução Francesa
11 – Fases da Revolução – Monarquia Constitucional 1789 a 1792
12 – Fases da Revolução – Convenção
13 – Fases da Revolução – Assembléia Nacional
14 – Tendências Políticas da Revolução Francesa
15 – Guilhotina – Explicar o que é e como funcionava durante a Revolução
16 – Fases da Revolução Diretório
17 – Maçonaria
18 – Fisiocratas
19 – Marques de Sade
20 – Leis Intoleráveis – Lei do Açúcar

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Temas da Idade Média

Depois da queda do Império Romano em 476 d.C. a Europa passou por uma fase de mudanças consideráveis do ponto de vista social, político e econômico.
Invasões dos nômades das estepes da Ásia Central e povos germânicos conhecidos como "bárbaros" pelos romanos desestruturam o império e daí surgirá uma novo sistema de produção o feudalismo. Os contatos e as rotas comercias diminuíram entre a China e o Ocidente, entre o norte da África e a Itália, entre Bizâncio=Constantinopla e Europa Ocidental. Este perído chamamos de Idade Média e vai de 476 a 1453.
Nesta fase ocorrem alguns processos históricos:
1 - a ascenção e expansão do islamismo
2 - o surgimento do Império Mongol no século XIII
3 - o fortalecimento e a divisão da Igreja
4 - a persseguição as bruxas e aos alquimistas
5 - o surgimento dos códigos da Cavalaria
6 - as novas tecnologias de armamento e de produção
7 - a desestruturação de algumas cidades e a fortificação de outras
8 - o surgimento de reinos na Europa como o dos Francos, Suevos, Visigodos
Os alunos do 1º ano pesquisaram sobre alguns temas e postaram comentários veja-os

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Revolução Federalista

    Aqui os canhões no sul da Ilha de Santa Catarina antiga Nossa Senhora do Desterro e depois, em homenagem ao Marechal de Ferro que a libertou dos gaúchos, passou a chamar-se Florianópolis, apontam para a direção de um possível avanço de "novos federalistas" na Praia de Naufragados.OBS: Não se preocupem estão bem enferrujados...rsrsrs...

Instituto Estadual Rio Branco

História III Prof. Otávio

Rio Grande do Sul na República Velha

A Revolução Federalista ou Revolução da Degola?

TEXTO I

    Discordando da ditadura de Júlio de Castilhos durante o processo constituinte estadual, os deputados constituintes Antão de Farias e Demétrio Ribeiro, foram engrossar as fileiras do PUN, que tinha como jornal divulgador “O Rio Grande”. Depois da aprovação da nova constituição, a primeira republicana em 1891, Castilhos tratou de elaborar o seu projeto de constituição estadual.

  • 05.05.1891– eleições Constituinte Estadual, verdadeira farsa com resultados já acertados antes do término da contagem dos votos. A oposição é derrotada em quase todas as seções eleitorais, o voto não era obrigatório a não ser para funcionários públicos.

    • 14.07.1891 – aprovação da Constituição Estadual baseada nas ideias positivistas de pequenas pátrias, mandato de 5 anos e o presidente do estado é quem escolhia o seu vice. Quem controlava e fiscalizava os atos do governo era a opinião pública, mas toda vez que ela se manifestava era considerada anarquista e subversiva. As questões sociais eram caso de polícia.

    • 15.07.1891 – Júlio Prates de Castilhos assume o poder e permanece apenas 4 meses, até o golpe militar de 3 de novembro.

    • 03.11.1891 – Deodoro dissolve o Congresso Nacional, recebendo apoio de Castilhos. O vice presidente Marechal Floriano Peixoto, arregimentou os militares e obrigou Deodoro a renunciar. Floriano interviu nos estados que apoiaram Deodoro.

    • 08.11.1891 – A oposição rio-grandense rebelaram-se com o apoio dos militares fiéis a Floriano Peixoto. Bagé e Rio Grande, comandados por João Nunes da Silva Tavares foram as primeiras cidades a aderirem.

    • 12.11.1891

      – sob pressão Júlio de Castilhos abandona o Palácio;

    • 13.11.1891 – Assume o poder o triunvirato composto por Joaquim Francisco de Assis Brasil, João Barros Cassal e Domingos Alves Barreto Leite governando até meados de 1892;

      GOVERNICHO
        Pela primeira vez a oposição assumia o poder durando 7 meses seu governo que acabou devido a lutas internas das correntes políticas por espaço e cargos. Logo a seguir o general Barreto Leite substituiu o triunvirato centralizando o poder, chamou eleições onde 2/3 dos candidatos eram monarquistas.Isto desagradou os republicanos históricos. Barros Cassal passou a manipular o velho general perseguindo os castilhistas.

        Gaspar da Silveira Martins, volta de seu exílio no Uruguai e rearticula-se politicamente em torno da questão federalista que de certa forma, não havia sido resolvida com a Revolução Farroupilha e com a implantação da república. O centralismo político e econômico das oligarquias agroexportadoras do café da região do sudeste, deixava a elite gaúcha fora das grandes decisões. Não havia “um sentimento de confiança , por parte da elite nacional, na elite tradicional agrária do Rio Grande do Sul”, também por parte dos militares que haviam lutado contra os farroupilhas e contra as tentativas de resistência dos monarquistas. Assim, desta forma, explica-se a tentativa dos federalistas maragatos de aliarem-se com os almirantes da marinha que era simpática a monarquia.

    • 03.02;1892 – tentativa dos castilhistas militares e civis de se apossar dos telégrafos mas foram repelidos a tiros, logo a seguir veio a repressão;

    • 03.03.1892 – General Barreto passa o poder a Barros Cassal sem eleição;

    • 28.03.1892 – Gumercindo Saraiva apresenta-se a justiça no processo que era acusado de assassinato de Antônio Joaquim D’ávila por causa de conflitos de terra. É absolvido por unanimidade do júri de Santa Vitória do Palmar;

    • 31.03.1892 – General João Nunes da Silva Tavares fundou o partido FEDERALISTA com o seguinte programa:

    • sistema parlamentar, reforma da bandeira, constituição democrática, autonomia municipal, liberdade de imprensa e economia de mercado liberal.

    • 08.06.1892 – Barros Cassal havia devolvido o governo ao general Barreto este, por sua vez, isolado politicamente deixa o poder ao Visconde de Pelotas indicado pelos federalistas mais tarde, Floriano Peixoto decretou intervenção federal no Rio Grande do Sul. Logo a seguir os federalistas tentaram se apossar do governo nomeando Silva Tavares. O Rio Grande do Sul ficou então com dois presidentes um interventor em Porto Alegre e Silva Tavares em Bagé. De maio a junho Gaspar Silveira Martins e Júlio de Castilhos, reuniam-se no Hotel La Minuta, na Rua da Praia tentando conciliar as ideias.

    • 16.06.1892 – oficiais republicanos da Guarda Cívica tomaram o quartel na Praia de Belas e a Casa de Correção e marcharam até o Palácio. O tenente Chachá Pereira sublevou o exército e a Guarda Civil tomando conta do arsenal, dos telégrafos e da estação ferroviária. Visconde de Pelotas sentiu que estava em guerra alheia e passou o poder, por telegrama a João Nunes da Silva Tavares em Bagé, o Joca Tavares e também Barão de Itaqui.

    • 17.06.1892 – Júlio de Castilhos volta ao poder, pela intervenção de Floriano, que conforme o combinado, renunciou em favor de seu vice indicado, o General Vitorino, este tinha a função de preparar as eleições e criar a Brigada Militar . Entre o golpe de Júlio de Castilhos em junho de 1892 e o início da Revolução Federalista foram degolados 193 pessoas de ambos os lados.

    • 15.10.1892 Criação da Brigada Militar formada a partir de um regimento de Cavalaria e dois batalhões de infantaria com total de 1265 homens e 2 na reserva;
    • 20.11.1892 – Eleições para o governo do estado, Júlio de Castilhos elege-se com 26377 votos num colégio eleitoral masculino e alfabetizado de 60 000 eleitores.

    O Início da Guerra

    25.01.1893
    • 25.01.1893. Após as eleições fraudulentas, Júlio de Castilhos toma posse e começa a repressão violenta que faz em torno de 10 mil federalistas exilarem-se nas bandas do Uruguai. Claro que isso não iria ficar assim;

    • 02.02.1893 – Cerca de 5 mil federalistas divididos em corpos de 300 e 400 homens invadem o seu próprio território em pontos diferentes. Estavam a mal armados por imprevidência de Gaspar Silveira Martins que deixou armas e munição 4 meses num navio ancorado no porto de Montevidéo. Vinham junto, gauchos (sem acento mesmo) uruguaios de origem espanhola da Região de Maragataia. Lá eram muito prestigiados por exercerem a atividade de correios, usavam colete e lenços vermelhos. Gumercindo Saraiva e Aparício Saraiva usavam lenços brancos, pois haviam lutado ao lado do Partido Nacional Blanco;

    • 05.02.1893 – Maragatos tomam Dom Pedrito;

    • 23.02.1893 -Gumercindo Saraiva uniu seus 400 homens de confiança aos 3 mil comandados por Joca Tavares e atacaram e tomaram a cidade de Dom Pedrito. Ali receberam as forças de Marcelino Piná, Rafael Cabeda e o célebre Juca Tigre. As forças legalistas prepararam o ataque em duas frentes de Bagé e ao norte, os rebeldes recuaram;

    • 15.03.1893 – General Teles dá combate as forças de Gumercindo Saraiva nos Banhados de Upacaraí;

    • 19.03.1893 – Rebeldes atacam Alegrete e a submetem, forças governistas, sob o comando do coronel Santos Filho e do coronel Firmino de Paula fazem as tropas de Marcelino Piná recuarem para o Passo da Jararaca. Foi o primeiro grande combate com vitória dos rebeldes federalistas, Santos Filho ficou como prisioneiro de guerra;

    • Janeiro de 1893 – Relatório da Associação Comercial de Pelotas publicado declarava a existência de 18 charqueadas onde foram abatidas, em todo o Rio Grande do Sul 536 552 mil reses, só em Pelotas foram 380 mil abates. No ano da guerra o número de abates caiu para 295 487 e em 1894 para 166mil abates em todo o Rio Grande do Sul. O comando do 2º Corpo do Exército Libertador Maragato,ainda em Quaraí, passou ao general Luís Alves Salgado que juntou-se as tropas de Silva Tavares. Enquanto isso, a tão temida Divisão Norte do Exército Federal, com 4 500homens, bem armados e chefiados pelo senador José Gomes Pinheiro Machado, foi ao encontro dos maragatos.

    • 03.06.1893 – Ocorreu a Batalha de Inhanduí o maior conflito bélico, onde a batalha durou mais de 6 horas com a vantagem dos maragatos durante o dia, a noite os conflitos diminuiram-se. Tavares e Gumercindo, apesar de estarem vencendo, ordenaram a retirada de seus homens durante a noite, as razões para esta recuada até hoje não foram esclarecidas. Especula-se que já haviam divergências internas entre os federalistas.

    Na sequência dos acontecimentos, o Congresso Nacional, a pedido de Floriano Peixoto, declara Estado de Sítio com o objetivo de sustentar o governo de Júlio de Castilhos , que para a elite central era mais confiável que os antigos conservadores.
    • 06.11.1893 – A cidade do Rio de Janeiro é bombardeada pelo Almirante Custódio de Melo, o comandante Frederico Guilherme de Lorena toma a cidade de Nossa Senhora do Desterro ( antigo nome de Florianópolis). Logo a Revolta da Armada recebe a adesão de Saldanha da Gama;

    • 27.11.1893 – Saldanha da Gama atacou a cidade de Niterói. O cerco de Joca Tavares em Hulha Negra ( que nesta época pertencia a Bagé) as tropas do Marechal Isidoro Fernandes obriga os republicanos a renderem-se. Na noite de 27 para 28 de novembro os prisioneiros ficaram sob a guarda das tropas de Zeca Tavares e Cezário Saraiva, mais conhecido como “Tigre Ruivo”, o que ocorreu a seguir foi a maior atrocidade da guerra, contam alguns que todos os soldados republicanos foram degolados em grande parte por Adão de La Torre, que era um ex-escravo capataz dos Tavares. A causa para tamanha violência era a vingança pela também violenta morte do primo de Gumercindo Saraiva, Terêncio Saraiva, estancieiro de Bagé que foi barbaramente morto , seu corpo foi mutilado pelos republicanos só por ter hospedado clandestinamente por alguns dias Gaspar da Silveira Martins.

    • 14.01.1894 – Federalistas com apoio da Armada rebelde resolvem avançar em direção a São Paulo, no caminho conquistam os portos de Tubarão, Itajaí e Paranaguá, neste dia então as tropas de Gumercindo, a caminho de Curitiba, chegam nas proximidades da Vila da Lapa, os moradores preparam-se para o cerco;

    • 16.01.1894 – Gumercindo segue com suas tropas para tomar a pequena vila, que nesta época era mais conhecida como a Vila do Príncipe, o cerco duraria 29 dias;

    • 09.02.1894 – Gumercindo consegue acabar com a resistência heroica do coronel Antônio Ernesto Gomes. Logo a seguir chega a Curitiba onde os rebeldes são recebidos com festa pelos populares, no início de março, Gumercindo monta base em Ponta Grossa para definição dos rumos da revolução;

    • 03.04.1894 – Editorial do Jornal “A Gazetinha” critica a crise econômica e cobra as promessas dos republicanos;

    • 24.04.1894 – devido a divisões internas, as últimas forças de Gumercindo abandonam Curitiba, em razão derrota da Armada;

    • 10.08.1894 – Gumercindo consegue escapar do cerco a caminho do Pampa, mas ao chegar em Caroví é atingido por fogo inimigo e morre apesar dos esforços do médico Angelo Dourado que era seu melhor amigo e que registrava num diário a guerra.

    • 13.08.1894 – o comandante do 1º Regimento da Brigada Militar, coronel Fabrício Pilar descreveu a morte e as atrocidades cometidas com o corpo de Gumercindo Saraiva;

    • 08.10.1894 – Oficiais pertencentes à 4º Brigada em Guarnição nos Garruchos, Rincão de Itacorubi, Cemitério de Santo Antônio, recolhem a cabeça de Gumercindo Saraiva e levam para a capital a pretexto de estudos científicos. ...O major Ramiro Oliveira foi incumbido de levar a cabeça de Gumercindo a Júlio de Castilhos. O major chegou a ser recebido no Palácio com a macabra remessa numa caixa de chapéu. Ao ver a cabeça, segundo a versão de Augusto Meyer, Castilhos reagiu indignado, expulsando o major da sala. Aturdido, o oficial teria dado sumiço ao despojo: segundo Meyer, enterrando-o no assoalho de um hotel nas proximidades, segundo outros, simplesmente lançando-a a um terreno baldio, nos fundos do palácio, ou ainda, numa terceira versão, jogando-a nas águas do Guaíba.” ( trecho do livro A Cabeça de Gumercindo Saraiva – Tabajaras Ruas e Elmar Bones – Editora Record)

    Após leitura do texto I e II responda as questões abaixo:

    Texto I

    1– Quais os motivos da Revolução Federalista?

    2– Qual a origem do termo “maragato”?

    3 – Por que os principais líderes da Revolução Federalista usavam lenços brancos ao invés de vermelho como os demais?

    Texto II

    4 – Segundo o autor do artigo, o que está por de trás determinante de qualquer explicação sobre os acontecimentos históricos?

    5 – Em relação as classes sociais, qual a visão ideológica positivista?

    6 – Antes da Proclamação da República, em 1889, qual era o grupo político que apoiava o Império?

    7 – Segundo o autor do artigo, como os estancieiros da fronteira conseguiam suas terras?

    8 – Qual a estratégia de Rui Barbosa para enfraquecer a elite da fronteira?

    9– Por que os rebeldes Federalistas receberam o apoio da Armada?

    Após a leitura das questões responda em uma folha com nome, turma e data. Bom Trabalho – Vale 3 pontos no 3º trimestre de2008. link deste texto para impressão: http://docs.google.com/Doc?id=ddkcqbd9_7d4dbsjgr

    sexta-feira, 14 de novembro de 2008

    Os Ícones da Arquitetura Positivista de Porto Alegre

    TEMPLO OU IGREJA POSITIVISTA
    Observe os detalhes do prédio que fica na Av. João Pessoa entre JB e Venâncio



    Esta frase não dá arripios em vocês?
    "Os vivos são sempre cada vez mais governados necessariamente pelos mortos"





    Aqui temos a escadaria onde é possivel ver a ordem social e a escala de valores, o último degrau está escrito humanidade. Outra hora explico o significado de fetichismo para os positivistas
    O Amor por Princípio. E a Ordem por base e o Progresso por fim


    Em cada soleira das três portas está escrito da esquerda para direita as seguintes frases:
    VIVER AS CLARA
    VIVER PARA OUTREM
    ORDEM E PROGRESSO







    quarta-feira, 12 de novembro de 2008

    POSITIVISMO NO RIO GRANDE DO SUL

    Aqui vemos a fachada do prédio da Biblioteca Pública Estadual onde aparecem vários bustos de personagens históricos que seriam um para cada mês do calendário positivista.



    Um dos aspectos mais visíveis do positivismo no Rio Grande do Sul é a sua influência na arquitetura
    aqui vemos um das colunas da fachada do Instituto de Educação Gal. Flores da Cunha
    Percebe-se a influência da cultura grego-romana, considerada a cultura ideal pelos positivistas


    Auguste Comte (1798 a 1857)

    Foi um filósofo francês que fundou uma importante corrente de pensamento que é o positivismo. Também é considerado um dos criadores da sociologia científica.
    Uma de suas principais idéias é a que o espírito humano evolui, passando por 3 estágios
    1 - TEOLÓGICO
    2 - METAFÍSICO
    3 - POSITIVO
    Neste último, o ser humano atingiria o ponto mais alto de desenvolvimento, passando a formular as leis dos fenômenos, sem qualquer referência a causas sobrenaturais ou formas metafísicas. No fim de sua vida, Comte criou a Religião da Humanidade, ou Religião Positivista, que acreditava ser a coroação do positivismo.
    A corrente filosófica desenvolveu-se no final do século XIX, caracterizando-se por considerar como único conhecimento legítimo o que se encontra nas ciências naturais, baseando-se na observação experimentação e matematização. Os positivistas criticam como falso e enganoso o pensamento religioso e metafísico, admitindo-os apenas como etapas do desenvolvimento humano daí a idéia de "progresso". O conhecimento para os positivistas é baseado em 3 pontos
    1 - Todo conhecimento do mundo moderno decorre dos dados positivos e da experiência e é somente a eles que o investigador, o cientista, deve-se ater.
    2 - Existe um âmbito puramente formal, no qual se relacionam as idéias, que é o da lógica pura da matemática.
    3 - Todo conhecimento dito "transcendente" - metafísica, teologia e especulações científicas que se situam além de qualquer possibilidade de verificação matemática deve ser descartado.


    Em breve novos exemplos como o Templo Positivista, a Prefeitura Velha etc.

    sexta-feira, 31 de outubro de 2008

    Revolução Industrial

    I– Conceito
    Processo de transição de uma sociedade de base economicamente agrícola artesanal/manufatureira para outra fase do processo evolutivo da humanidade tornando-se predominantemente urbana e industrial em série. O exemplo histórico que explica este processo foi o que ocorreu na Grã-Bretanha/Inglaterra no período de 1750 a 1830 – 1º fase, que caracterizou-se por intensa transformação estrutural.
    O crescimento econômico verificado na Inglaterra, durante esta fase deve-se a uma série de fatores interligados e históricos como veremos a seguir:

    Período anterior a Revolução Industrial e que a possibilitou acontecer:

    1 - MUDANÇA FILOSÓFICA – RELIGIOSA :
    O fim da influênciada Ética Paternalista cristã e a sua substituição pela Ética Protestante no norte da Europa. Assim, os países que passaram pela REFORMA, atingiram a dianteira na Revolução Industrial. A mudança nos valores da sociedade européia, possibilitou a exploração econômica racionalizada da produção e a distribuição desigual dos dividendos produzidos pelo conjunto dos trabalhadores diretos, ou operários e camponeses, que agora não são mais “servos do senhor feudal” e sim necessitados de salário para sobreviverem.
    2 - INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS DA EUROPA:
    Com maior liberdade
    intelectual dos cientistas às restrições religiosas, foi possível o resgate da “lógica aristotélica” acrescida do “racionalismo cartesiano” , produziu instrumentos, conhecimentos, máquinas, processos químicos etc. que serviram de base para a REVOLUÇÃO COMERCIAL MERCANTIL e o COLONIALISMO MODERNO. Embora os países ibéricos católicos tenham saído a frente, chegam porém, esgotados nofinal do século XVII;

    3 - COLONIALISMO MODERNO: A acumulação de capital na Europa se dá a partir do surgimento de novas técnicas produtivas e o acesso a grandes reservas de recursos naturais no continente africano, americano e asiático. Esse processo só foi vitorioso com o uso da escravidão, sendo então o primeiro passo para a atual GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA.

  • 2º Período – corresponde a implantação da Revolução Industrial e do “novo”, para época, sistema econômico – social, o CAPITALISMO.

    4 -CONCEITO DE CAPITAL

    1. Em economia, conjunto de “bens” empregados na produção e na transformação
      do trabalho que podem ser: 1- solo , a posse da terra, 100 hectares por exemplo, ou as máquinas e/ou utensílios/ferramentas. Assim, o conjunto
      solo+máquinas + ferramentas formariam o
      CAPITAL FIXO;
      2- matérias-primas como minérios,recursos naturais, produtos agrícolas (grãos),
      componentes e produtos semi-acabados formariam o
      capital circulante. Ambos possibilitam a produção de bens duráveis e de consumo imediato ou não duráveis.
      Para os economistas clássicos, o capital fixo + capital circulante + o trabalho são os fatores da produção capitalista. Alguns economistas modernos e contemporâneos consideram como capital a “capacidade administrativa”,
      a “habilidade profissional” e a “educação/conhecimento”. Diante do problema de encontrar a combinação mais lucrativa de recursos para a fabricação de bens, a decisão de investir capital produtivo, é motivada pelo custo e disponibilidade da mão-de-obra qualificada, dos recursos naturais, do custo do dinheiro para o “capital de giro”, e os investimentos também são influenciados pela política de juros, política econômica, a tal das condições da “macro-economia que podem definiras condições e o tamanho do mercado consumidor.

  • As atuais potências econômicas, sozinhas ou em “blocos econômicos”, são mais ou menos industrializadas na medida em que são mais ou menos capitalizadas, enquanto os países em desenvolvimento enfrentam crises de oferta de capital e o problema da falta de poupança interna para reinvestir na sua própria estrutura produtiva.

  • II – Formação de Capital

    A formação de capital ou a acumulação primitiva de capitais, corresponde ao conjunto de processos pelos quais, uma economia/sociedade/pessoa/governos etc., poupa recursos, que d’outra maneira serviriam ao consumo imediato e improdutivo e os transforma em capital. A repetição dos ciclos produtivos, seriam impossíveis se toda a produção ou os lucros obtidos fossem integralmente consumidos. Assim, uma parte da produção anual deve ser destinada à RENOVAÇÃO DE CAPITAL DEPRECIADO, e mais ainda, na ampliação da capacidade produtiva.
    Ordinariamente, a poupança é feita pelas pessoas ou empresas, deixam então de distribuir ou consumir, uma parte de seus lucros/sobras e a destinam aos seus fundos de investimentos. Segundo o economista alemão Karl Heinrich Marx ( 1818 a 1883), o período de acumulação originária de capital, a partir do século XV, inclui, na Inglaterra, a expulsão dos camponeses de suas terras através dos enclosures. Significou o processo de cercamentos das propriedades rurais desenvolvido na Europa entre os séculosXV e XVIII. Até então, o que caracterizava a estrutura agrária da Europa, era o sistema de campos abertos, pelo qual o camponês cultivava faixas alternadas por bosques, prados e pastos de uso comum. A destruição deste sistema, pela prática dos cercamentos, originou-se na Inglaterra, onde o preço da lã levou a nobreza rural a cercar suas terras para a criação de ovelhas. Assim ocorreu a expulsão dos camponeses para alinharem-se nas zonas urbanas das cidades, que cresciam muito rapidamente, formando assim, uma constante reserva de mão-de-obra barata para o crescente novo sistema industrial capitalista.
    Concluindo a acumulação primitiva de capitais dos países do norte da Europa salientamos:
    1 – a ruína e desestímulo dos artesões autônomos que foram despojados de seus rendimentos e desatualização tecnológica de seus meios de produção;
    2– os lucros obtidos através do processo de endividamento das finanças dos países, a chamada dívida pública, que passa a ser paga a custa dos esforços da população quando paga mais impostos;
    3– as fraudes e corrupções comerciais que favorecem alguns poucos da sociedade;
    4– o saques das riquezas naturais das colônias da América, África e Ásia que são extraídas a força ou com a conivência das elites locais;
    5 - o escravismo como sistema de produção resgatado da antigüidade e posto em prática na época moderna, possibilitou a produção de riquezas que foram
    apropriadas pelas metrópoles européias, gerando a desestruturação produtiva do continente africano, ocasionando sérios problemas sociais e conflitos étnicos, tanto nas colônias americanas como no próprio continente africano. Assim, o somatório dos enclosures e os cinco fatores, levaram a acumulação de capital, necessária
    para a revolução industrial e o novo sistema, o capitalismo.

    III – As Revoluções Burguesas na Inglaterra

    As revoluções burguesas liberais como a Revolução Puritana e Gloriosa, deram as condições políticas favoráveis ao novo sistema com o avanço da influência política da burguesia, enquanto classe, na condução e nos rumos que a sociedade tomaria para beneficiar esta nova classe social.

    A – A REVOLUÇÃO PURITANA de 1642 a 1649
    Foi a revolução surgida em razão do conflito entre o Rei + a nobreza +anglicanos + católicos contra o parlamento com maioria burguesa puritana que levou a derrubada do rei e a execução de Carlos I em 1649. Além disso, estabeleceu a REPÚBLICA Oliver Cromwell(1599 a 1658) sob a liderança do ditador.
    A Guerra começa quando o rei nega-se a acatar a “Grande Advertência” que foi um manifesto político do parlamento que procurava limitar os poderes do rei. A burguesia recorre as armas e vitoriosa,assume o poder.O governo de Oliver Cromwell foi a única experiência republicana inglesa até hoje, seu poder ditatorial levou-o a ser considerado Lord protetor da Inglaterra. Impôs ao país, uma severa ordem interna com a repressão aos católicos da Irlanda e a consolidação do poder marítimo-comercial inglês, ao baixar o ATO DE NAVEGAÇÃO em 1651 e a consequente derrota dos holandeses em 1652 e 1654.
    O saldo do governo republicano, foi transformar a Inglaterra na maior potência marítima comercial, já na época moderna. Logo após a morte de Cromwell, o parlamento restaurou o sistema monárquico com a Dinastias dos Stuart.
    B -REVOLUÇÃO GLORIOSA de 1688 a 1689
    Com o término da experiência republicana, os filhos de Carlos I, Carlos II (1660 a 1685) e Jaime II (1685 a 1688) reassumem o poder na Inglaterra. No entanto, os conflitos políticos continuaram devido a proteção aos católicos, as tentativas de restabelecer o catolicismo no país bem como o absolutismo monárquico. Assim, em 1688, à medida que os conflitos entre o rei e o parlamento, representante dos interesses da burguesia, aumentavam e agravavam-se com os conflitos religiosos, inicia-se uma nova revolução. A burguesia alia-se a Guilherme de Orange (1650 a 1702) que já era rei da Holanda desde 1672 até 1702. O rei Jaime II, não confiando no parlamento, manteve um grande exército de prontidão. O nascimento de seu filho ameaçava tornar a Inglaterra, uma monarquia católica permanente, os WHIGS e os TORIES se uniram e venceram o rei Jaime II. Convidaram Guilherme de Orange, o rei holandês, para assumir o trono, porque era casado, desde 1677, com Maria Stuart, filha protestante de Jaime II. A burguesia assim, para selar o seu poder, acorda e obriga o novo rei a assinar a DECLARAÇÃO DOS DIREITOS que foi aprovada também pelo parlamento em 1689. Tal declaração tornou-se lei, onde os poderes do rei, ficavam limitados com garantias a liberdade de expressão de todos os cidadãos, em especial, os cidadãos burgueses. Através deste movimento liberal burguês, a burguesia, enquanto classe social que obtinha já o dinheiro, agora adquiria mais poder quando impõe o princípio: “O REI REINA, OPARLAMENTO GOVERNA”, através da figura do primeiro ministro. Assim, a Revolução Gloriosa de 1689, antecedeu a Revolução Francesa em quase um século, favorecendo a estabilidade política e a expansão comercial inglesa, dando condições políticas básicas para o desenvolvimento da Revolução Industrial.

    IV– Conceito de Capitalismo

    Constitui-se no atualsistema econômico e social, predominantemente na maioria dos países do mundo. Industrializados ou em processo de industrialização. Neles, a economia se baseia na separação social entre os trabalhadores diretos na produção que são juridicamente livres, que dispõem apenas da força de trabalho ou conhecimentos, ou ainda capacidades, que as vendem no mercado de trabalho em troca de salário, e de outro lado, os capitalistas, que são os proprietários dos meios de produção que contratam os trabalhadores para produzirem mercadorias, bens e serviços dirigidos para o mercado consumidor alvo, visando à obtenção de lucro. O lucro é o rendimento de grandeza variável, especialmente ligado ao capital investido pelo industrial, comerciante ou prestador de serviços, o lucro difere-se do juro, que é o rendimento de grandeza pré-fixada, remunerador do capital, valor/dinheiro emprestado aos investidores ou empresários. No caso industrial, o lucro é a margem residual entre os custos de produção + impostos e o preço de mercado do produto que os consumidores podem pagar; já no caso do comerciante, é a margem residual, entre o preço de compra do produto no mercado atacado, e seu preço final de venda no mercado varejo. As escolas econômicas clássicas, neoclássicas da economia política, consideram o lucro uma remuneração justificada de diversas maneiras de obtenção: a abstinência do consumo pessoal/empresarial e poupança com vistas a rendimentos futuros, risco de investimentos, engenhosidade e criatividade dos empreendedores, inventos etc., posse de um fator de produção escasso no mercado. Para o marxismo econômico, o lucro é uma forma da mais-valia, que pode ser obtida de forma absoluta ou relativa. Vários cientistas sociais e economistas de destaque, procuraram explicar o surgimento e funcionamento do capitalismo. Para o economista alemão Werner Sombart (1863 a 1914), a essência das motivações subjetivas dos agentes econômicos do capitalismo, não está na economia, mas no “espírito” que se desenvolveu dentro da burguesia que surgiu desde o fim da Idade Média. Esse espírito, teria levado os burgueses a perceberem que o melhor método para adquirir riqueza não era o de acumular bens, mas acumular capital. Já Max Weber (1864 a 1920), economista e sociólogo alemão, que procurava estudar o sentido da ação humana individual através do método da compreensão , que envolveria uma reconstrução do sentido subjetivo original da ação humana, e o reconhecimento da parcialidade da visão do observador dos fenômenos sociais. Max Weber, caracterizava o capitalismo pela predominância da burocracia que é um termo aplicado às organizações sociais baseadas na hierarquização e na especialização das funções. A estrutura burocrática, com suas normas, constituiria a expressão concreta da racionalidade e eficiência próprias desse sistema, tendo como traços fundamentais:
    a) - obrigações e cargos delimitados segundo uma divisão de trabalho sistemática, hierárquica de acordo com regulamentos claros;
    b) - vínculos exclusivamente empregatícios impessoais entre organização produtiva e os funcionários;
    c) - organização hierárquica de poder entre os cargos;
    d) - sistemas de promoção e valorização que permitam aos funcionários "colaboradores" fazerem carreira dentro da organização.
    Assim, as empresas deixam de ser de caráter domésticas, de família, e passam a ter vida própria, exigindo, devido ao tamanho crescente, sistemas contábeis, administrativos de gestão, altamente racionais para garantir a obtenção de lucros.

    V – Fábricas e a Mecanização da Produção

    O desenvolvimento do capitalismo gerou a criação de fábricas, equipadas com máquinas recém inventadas e que produziam maior volume de bens industrializados a preços mais baixos, suprindo a crescente demanda do mercado nacional e internacional.
    A fábrica caracteriza-se pela concentração de trabalhadores com tarefas especializadas, de acordo com a divisão qualitativa do trabalho, e pelo emprego de máquinas–ferramentas , que transformam as matérias primas. Distingüi-se do artesanato, em que um único trabalhador executa todas as operações necessárias a produção de um bem, e da manufatura, que reúne muitos artesãos no mesmo estabelecimento.
    A princípio, as máquinas –ferramentas eram movidas pela força motriz da roda-d’água. Essa tecnificação produtiva, ocorreu inicialmente na indústria têxtil. Entre as principais invenções desse período contam-se a lançadeira volante de John Kay (1704 a 1764), inventor inglês que criou uma máquina de abrir e tecer lã que foi patenteada em 1733, acelerou a velocidade da tecelagem, mas ao mesmo tempo que reduzia a mão-de-obra necessária. Logo foi inventada a máquina de fiar chamada de “jenny” , criada por James Hargreaves (1720 a 1778), que era uma máquina manual com vários fusos, que permitia a uma só pessoa fazer diversos fios ao mesmo tempo, integrava o equipamento próprio da indústria doméstica. Sir Richard Arkwright (1732 a 1792) criou a máquina de fiar movida a roda-d’água em 1769.
    A produçãode novas máquinas recebeu grande impulso a partir de 1709,quando Abraham Darby conseguiu fabricar, com coque, ferro doce de boa qualidade. Outra descoberta fundamental foi a máquina a vapor que produzia movimentos rotativos, patenteada por JAMES WATT (1736 a 1819) em 1769. Criou o termo horse power (HP) ou cavalo de força que serviria para indicar a potência de trabalho dos motores. A partir de 1830, as ferrovias e navios a vapor permitiram a formação de um rede de comunicação e transportes mais ampla e eficiente, interligando os novos centros industriais, as fontes de matérias-primas e os mercados consumidores.

    Depois da leitura atenta do texto responda as seguintes questões:

    1– Como é determinada a decisão de investir capital por parte das empresas, investidores e pessoas?
    2– Por que seria impossível a repetição dos ciclos produtivos se fossem consumidos todos os recursos advindos da produção?
    3 – Qual o significado dos enclosures para o surgimento docapitalismo?
    4 – Qual o papel do escravismo moderno na formação do capitalismo?
    5 – Explique o que foi e qual o significado da Declaração dos Direitos de 1689?
    6 – Qual(ais) características distinguem o capitalismo dos demais processos históricos de produção como o escravismo e o feudalismo por exemplo?
    7- Qual a diferença entre lucro e juros?
    8 – Qual a diferença entre o lucro do industrial e o do comerciante?
    9– Qual a função da burocracia no sistema capitalista segundo a visão de Max Weber?
    10 – Explique as diferenças entre fábrica industrial, fabricação artesanal e manufaturada.

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