1– SISTEMA OU MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL
TERMO FEUDO
– Acredita-se que venha do latim “foedos” que significaria ajuste ou “aliança”. O feudo significa uma porção territorial em que uma pessoa, “o SENHOR” nobre de origem familiar tradicional é o proprietário. O “senhor do feudo” exerce seu poder através da SUCESSARIA que inclui poderes como:
1 – manter exército próprio;
2 – emitir e cunhar sua própria moeda;
3 – atos judiciário;
4 – cobrança de tributos em forma de renda, produtos produzidos etc..
O feudo dividi-se em partes, uma grande área é ocupada pelo “CASTELO”, a fortaleza onde reside o senhor com sua família e em alguns casos com os “servos”ligados a atividades laborais de artesanato e manutenção do castelo. Uma outra parcela do território é ocupada pelas aldeias ou vilas de camponeses com suas casas simples. Por fim, as terras destinadas ao cultivo, pastos e bosques/florestas de uso comum. A parte produtiva da terra é subdividida em 3 parcelas: 1º manso senhorial, de uso exclusivo do senhor e de melhor qualidade e quantidade; 2º manso servil de uso exclusivo dos servos/camponeses e a 3º o manso de uso comum dos servos e do senhor.
A economia feudal gira em torno do grande domínio territorial conjugado com a exploração da mão-de-obra servil das famílias camponesas que ali vivem. Este regime inicia-se na fase final do Império Romano com o estabelecimento do colonato com a criação das vilas de camponeses. No início tal estrutura era baseada na “economia natural”, ou seja, na organização econômica em que os bens produzidos são para o uso imediato, é feito pelos próprios produtores diretos e ao mesmo tempo, consumidores. Não há bens de troca comercial como ouro ou dinheiro, que só começam a serem utilizados a partir do século
XII, onde generaliza-se o seu uso no incipiente comércio interno e externo dos feudos.
2.1 – RELAÇÕES DE PRODUÇÃO SERVIL OU FEUDAL
O trabalho direto na produção é exercido pelos camponeses que são chamados no feudalismo europeu de servos, isto é, rendeiro preso a terra onde produz para sua própria subsistência e da classe dominante como a do senhor feudal, sua família e a nobreza ao seu redor. O servo recebe em troca de sua dedicação servil, a proteção contra as más colheitas e segurança militar contra povos invasores. O servo tem alguma liberdade, ele pode abandonar o feudo, mas o senhor não pode expulsá-lo. Estas relações sociais servis de produção, tem como base jurídica, a Lei Tradicional da Servidão da Gleba. Cada servo tem como obrigações:TALHA
– metade do que cada servo ou família produz era entregue ao senhor feudal;- CORVÉIA
– prestação de trabalho gratuito durante certo número de dias que variavam de feudo para feudo, nos domínios privados do senhor. Além desta forma de pagamento, havia a contribuição em produtos que poderia ultrapassar 50%.Posteriormente, com o crescimento do comércio, este sistema foi substituído por cobrança e pagamento em dinheiro. BANALIDADES
– cobrança pelo uso de ferramentas, moinho entre outras atividades.
As técnicas de produção rudimentares, o índice de produtividade baixo e a parte que a Igreja solicitava aos senhores, ocasionava um rendimento líquido baixo e a longo prazo, levou o sistema a estagnação e as constantes crises. Além disso, não haviam motivações dos servos em produzirem a mais, pois se isso ocorresse mais o senhor arrecadaria.
Um comentário:
1)Ofeudo é uma unidade social autônoma administrativamente,como se fosse um micro país. Além desta autonomia, hátambém auto-suficiência econômica. Tudo o que épreciso para viver-se é produzido internamente. Hápouco contato de trocas ou intercâmbio comercial entre osfeudos e países mais distantes.
3)O servo recebe em troca de sua dedicação servil, a proteção contra as más colheitas e segurança militar contra povos invasores.
4)BANALIDADES
– cobrança pelo uso de ferramentas, moinho entre outras atividades.
5)No feudo, instituição básica da vida rural medieval, coexistiam duas classes distintas: os nobres, ou senhores feudais e os servos = da palavra em latina “servus”, o escravo. Na realidade, os servos nada tinham em comum com os escravos como em Roma. O escravo era propriedade como qualquer ferramenta de trabalho, passível de ser comprado ou vendido à revelia de sua vontade.
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